Cinco usuários do YouTube são presos por postarem versão resumida de filmes

Polícia japonesa prendeu 5 suspeitos de editarem e dublarem resumos de filmes no YouTube; vídeos recebiam receita de anúncios na plataforma

Pedro Knoth
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Usuários são suspeitos de participarem em violação de copyright de filmes japoneses (Imagem: Leon Bublitz/ Unsplash)
Usuários são suspeitos de violarem copyright de filmes japoneses (Imagem: Leon Bublitz/ Unsplash)

A polícia japonesa prendeu cinco pessoas acusadas de editar versões resumidas de filmes para postar no YouTube. No Japão, os vídeos são conhecidos como “filmes rápidos”, e têm no máximo 10 minutos de duração para mostrar de forma breve os principais pontos do enredo, o que acaba levando muitos a desistirem de ver a estreia nos cinemas.

Em junho, a operação dos agentes policiais no Japão prendeu três acusados de editarem e subirem “filmes rápidos” no YouTube com narração própria. Os suspeitos foram enquadrados na lei de direitos autorais, que foi atualizada pelo governo em janeiro deste ano.

Nesta semana, a polícia prendeu mais dois participantes do esquema que enviavam resumo de filmes sem autorização legal — levando o total de prisões da operação antipirataria a 5 pessoas. Ao todo, foram exibidos trechos de quatro filmes locais.

Resumos de filmes faturavam com anúncios no YouTube

Estúdios no Japão estão preocupados com a popularidade dos “filmes rápidos”, que podem afetar a bilheteria de suas obras nos cinemas. São vídeos curtos, de 10 minutos, o que os deixa ainda mais atraentes para o algoritmo do Youtube.

O impacto na receita direta não se limita à telona: os vídeos investigados pela polícia eram monetizados, portanto os suspeitos lucraram com anúncios sobre o conteúdo dentro da plataforma.

A associação antipirataria japonesa CODA (Content Distribution Overseas Association) avisou ao TorrentFreak que iria intensificar o combate à pirataria no país, e deixou isso claro com as prisões de usuários do YouTube, feitas com base em denúncias da própria organização. 

Contas no YouTube foram deletadas após prisões

A efetividade da polícia em prisões e apreensões sobre pirataria é vista como importante para a CODA. Na avaliação do grupo, havia 55 contas no YouTube dedicadas ao upload dos “filmes rápidos”.

“Depois das prisões, muitas destas contas foram desativadas e muitos dos ‘filmes rápidos’ foram deletados”, pontuou o órgão antipirataria. 

A CODA prometeu que vai continuar com os esforços para acabar com a pirataria no Japão e para além da ilha. No caso de IPTVs internacionais, disse que vai colaborar com mais investigações policiais.

Com informações: TorrentFreak

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Pedro Knoth

Pedro Knoth

Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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