Instagram reforça combate a “reposts” do TikTok e de outros vídeos no Reels

Chefe do Instagram anuncia mudanças no algoritmo para focar em conteúdos originais; rede social libera marcação de produtos para todos

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 7 meses
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Algoritmo do Instagram vai priorizar conteúdos originais (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Instagram anunciou novidades para dar mais importância a conteúdos originais. As mudanças no algoritmo foram anunciadas nesta quarta-feira (20) pelo chefe da rede social de fotos e vídeos, Adam Mosseri. A medida chega para combater as republicações de conteúdos do TikTok e de outras plataformas no Reels.

O anúncio partiu de uma publicação no Twitter. Segundo Mosseri, a rede social ganhou melhorias nas categorias de perfis. Já a opção para marcar produtos em publicações foi liberada para todos. A terceira novidade da lista fica pelo “ranking de originalidade”, pois os criadores de conteúdo “são muito importantes para o futuro do Instagram”.

Já os detalhes dessa atualização foram revelados em um vídeo publicado no mesmo tweet. Mosseri explica que “se você cria algo do zero, deve receber mais crédito do que se estiver compartilhando novamente algo que encontrou de outra pessoa”. Por isso, a rede social fará mais “para tentar valorizar mais o conteúdo original, principalmente em comparação com o conteúdo republicado”.

Tudo certo até aí: conteúdos originais para a rede social da Meta serão favorecidos. Em outro tweet, Mosseri ainda disse que a plataforma já faz isso, mas que estão se “inclinando mais nessa direção”. Então, o que mudou e por que todo esse empenho? Essa foi a pergunta feita por Matt Navarra, consultor de mídias sociais. 

“À medida que nos dedicamos mais às recomendações, torna-se cada vez mais importante não supervalorizar os agregadores [de conteúdos publicados em outras plataformas], pois isso seria ruim para os criadores e, portanto, ruim para o Instagram a longo prazo”, respondeu Mosseri.

Instagram tenta conter republicações do TikTok

A investida visa conter o repost de vídeos do TikTok no Instagram. Afinal, sempre há um conteúdo da outra plataforma circulando nos Stories ou no Reels de alguma página de memes, por exemplo. Só que toda essa história fica complicada de entender depois que Mosseri recebeu outra pergunta de uma repórter da CNET.

“Como o Instagram sabe quem é o criador original de uma imagem ou vídeo?”, questionou Queenie Wong. A jornalista também observou que um usuário pode postar um conteúdo e reivindicar que é seu. Depois, Mosseri respondeu: “não podemos saber com certeza”. 

“Construímos classificadores para prever quão provável algo deve ser original, mas isso não é saber”, disse o executivo. Ele também explicou que a rede social observa fatores como “quem está no vídeo” e “se ja vimos o vídeo antes” para fazer a análise. Ou seja, já temos dois fatores para saber se o conteúdo é original ou não.

Mas as coisas não são bem assim. Na mesma thread que deu esse bololô todo, Sirui Hua, do NowThisfez a última pergunta: e o que acontece se alguém pegar um vídeo do TikTok e enviá-lo para o Reels antes de qualquer outra pessoa? Como o algoritmo vai prever a originalidade? Para o chefe do Instagram, isto “seria difícil”.

“Se a conta for um agregador, é mais provável que possamos detectar que não é original”, disse Mosseri. “Se for alguém fingindo ser o criador original – o que é menos provável, mas pode acontecer –, será difícil saber”. Ou seja… ¯\_(ツ)_/¯.

Instagram também libera marcação de produtos para todos (Imagem: Cottonbro/Pexels)
Instagram também libera marcação de produtos para todos (Imagem: Cottonbro/Pexels)

Com informações: TechCrunch e The Verge

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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