TIM deve vender ou extinguir 4,4 mil antenas compradas da Oi Móvel

Operadora não tem interesse em manter 60% das antenas compradas da Oi Móvel; equipamentos são redundantes ou desnecessários para sua rede

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 1 ano e 9 meses
Celular com logo da TIM

Ao comprar uma fatia da Oi Móvel, a TIM levou clientes da operadora, mas não foi só isso: ela ficou com ativos, como antenas. Nem todas deverão ser aproveitadas, porém: a empresa afirmou que 4,4 mil delas serão vendidas ou desligadas.

O número representa cerca de 60% das antenas recebidas da Oi Móvel. Ao todo, eram 7,2 mil, das quais 2,8 mil serão aproveitadas.

A venda ou desligamento se dá porque a TIM simplesmente não precisa das antenas — elas estão em locais onde a empresa já tem seus próprios equipamentos, criando uma redundância.

Outro motivo é que a operadora passará a ter mais espectro e dependerá de menos estações para prestar serviço.

As antenas restantes, portanto, devem servir para ampliar sua cobertura em regiões onde ela não é tão boa.

Venda de antenas da Oi Móvel era “remédio” do Cade

A intenção de desligar ou vender antenas por parte da TIM estava posta desde o começo de março — restava saber o número exato. A estimativa, porém, era de 60%, bem próximo ao anunciado na teleconferência com investidores.

Desfazer-se de uma parte das estações rádio-base adquiridas da Oi Móvel era um dos “remédios” impostos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Esses “remédios” são medidas estipuladas para evitar concentração de mercado ao aprovar uma compra ou fusão.

No caso, o órgão estipulou que deveria haver uma oferta pública para venda de pelo menos metade das estações. A TIM, portanto, parece ter superado essa margem.

Segundo apuração da Coluna do Broadcast, do jornal Estadão, a intenção de se livrar das torres já era conhecida, mas mesmo assim foi uma das atitudes propostas. O relator do processo, Luis Braido, chegou a apontar a ineficiência da medida, mas seu voto acabou derrotado.

Com informações: TeleSíntese, Estadão.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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