PlayStation 5 vendeu mais de 30 milhões de unidades desde o seu lançamento

Console ajudou a trazer lucro para a Sony ao lado das áreas de música e de tecnologia e entretenimento; segmento de cinema não obteve o mesmo sucesso

Ricardo Syozi
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Faceplates coloridas do PlayStation 5 (Imagem: Divulgação/Sony)
Faceplates coloridas do PlayStation 5 (Imagem: Divulgação/Sony)

O PlayStation 5 teve o melhor trimestre desde seu lançamento. Segundo os resultados financeiros divulgados pela Sony na quinta-feira (2), o console vendeu 7,1 milhões de unidades nos últimos três meses de 2022. Como resultado, o sistema e seus serviços ajudaram a trazer um aumento de 13% nas vendas totais da companhia em relação ao mesmo período de 2021.

Os números são bastante expressivos. Se compararmos com o último trimestre de 2021, no qual o console vendeu 3,9 milhões de unidades, as vendas do sistema praticamente dobraram em dezembro de 2022. Assim, a empresa japonesa divulgou que o PS5 alcançou a marca de 32,1 milhões ao redor do mundo.

A novidade animou tanto a Sony, que ela fez até um anúncio sobre o fim da escassez do videogame. Afirmando que “agora você deve ter muito mais facilidade em encontrar um PS5 em varejistas em todo o mundo”.

A quantidade de assinantes da PS Plus teve um leve aumento em relação aos três meses antecedentes, chegando a 46,4 milhões em sua base instalada. Contudo, esse número ainda está abaixo dos 48 milhões do mesmo período do ano anterior. A boa notícia é que a receita com serviços de rede subiu em 17%. Ou seja, a quantidade de usuários pagantes dos tiers da PlayStation Plus parece que alavancou de vez.

Algo que chamou a minha atenção foi o crescimento na receita das vendas de jogos físicos. Entre outubro, novembro e dezembro de 2021, a Sony havia conseguido fazer 29,593 milhões de ienes. Porém, na mesma época, em 2022, a companhia japonesa alcançou 93,500 milhões de ienes. É possível que isso seja consequência de passar a vender jogos a US$ 70 e não mais a US$ 60.

Segmento de filmes sofreu a maior queda

Ao contrário do que aconteceu em julho de 2022, na qual a divisão de filmes teve um crescimento de 67%, a área não conseguiu oferecer números satisfatórios para a Sony dessa vez.

As vendas ficaram em 331,5 bilhões de ienes, uma diminuição de 129,7 bilhões de ienes em comparação ao último trimestre de 2021. Isso trouxe uma receita de 25,4 bilhões de ienes, uma queda expressiva, já que no mesmo período do ano anterior, esse valor era de 149,4 bilhões.

Os principais motivos, segundo a empresa, foram as baixas vendas de ingressos nos cinemas de filmes como Venom: Tempo de Carnificina e Morbius, além do impacto das aquisições de marcas como a Bad Wolf e a Industrial Media.

Felizmente, os segmentos de música e entretenimento e tecnologia tiveram aumentos de 67,9 bilhões e 65,9 bilhões de ienes, respectivamente.

Morbius
Morbius não foi o sucesso que a Sony queria (Imagem: Divulgação / Sony Pictures)

Previsão não mudou, mas deveria

Com o sucesso do PlayStation 5, a empresa acredita que pode alcançar a previsão de vender 18 milhões de consoles até março de 2023, data que encerra o ano fiscal da marca. Isso quer dizer que 5,2 milhões de sistemas ainda precisam sair das lojas para as casas de jogadores.

No entanto, isso pode ser mais difícil do que parece. No relatório financeiro, a Sony afirmou que pode alterar o planejamento se algum novo lockdown ocorrer nas fábricas chinesas. Até segunda ordem, porém, a companhia acredita que tem componentes o suficiente para os esperados 18 milhões de videogames.

Vale destacar que mesmo com o PS5 se destacando, o mesmo não pode dizer sobre seus acessórios. O PS VR2, por exemplo, não está conseguindo manter pré-vendas empolgantes, o que pode ter feito a japonesa cortar pela metade a expectativa de vendas do periférico.

Com informações: Sony e The Verge.

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Ricardo Syozi

Ricardo Syozi

Ex-autor

Ricardo Syozi é jornalista apaixonado por tecnologia e especializado em games atuais e retrôs. Já escreveu para veículos como Nintendo World, WarpZone, MSN Jogos, Editora Europa e VGDB. No Tecnoblog, autor entre 2021 e 2023. Possui ampla experiência na cobertura de eventos, entrevistas, análises e produção de conteúdos no geral.

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