Manhã de sábado no Havaí. Você acorda, toma café da manhã e, enquanto isso, planeja como vai curtir o dia. De repente, uma mensagem chega ao seu celular dizendo que você deve procurar abrigo imediatamente por conta de uma ameaça de míssil. Apavorante, não? Pois saiba que os moradores da ilha passaram por isso no dia 13. Para alívio geral, era alarme falso.
A HI-EMA, entidade que lida com situações de emergência no Havaí, estava executando um teste em seu sistema de alerta quando, por volta das 8:00 da manhã, alguém ativou o envio do alerta para os moradores da região. Obviamente, os minutos seguintes tiveram muito pânico e apreensão, afinal, não foram mensagens isoladas: muita gente recebeu o alerta.
O aviso, que chegou com um alarme sonoro estridente (e, consequentemente, acabou fazendo muita gente acordar assustada), dizia o seguinte (em tradução livre): “ameaça de míssil balístico em direção ao Havaí. Procure abrigo imediatamente. Esta não é uma simulação”.
Não era mesmo simulação, mas um engano. O problema é que a HI-EMA levou 38 minutos para liberar outra mensagem explicando o equívoco. Mais tarde, Vern Miyagi, administrador da entidade, esclareceu que o falso alerta foi enviado quando um funcionário marcou a mensagem como “evento” em vez de “teste”, fazendo o sistema de notificações disparar alertas para os celulares dos moradores da região, assim como para canais de TV e rádio.
Miyagi também explicou que o sistema da HI-EMA não tem uma maneira automatizada de cancelar um “evento”, motivo pelo qual a mensagem relatando o erro teve que ser preparada e disparada manualmente, daí os 38 minutos entre o primeiro alerta e o segundo.
O sistema da HI-EMA é preparado para lidar com desastres naturais, por exemplo, mas a preocupação com misseis aumentou bastante nos últimos meses por conta da tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte. De acordo com Miyagi, um alerta disparado em tempo hábil dará aos cidadãos 12 ou 13 minutos para busca de proteção em caso de ameaça real.
NO missile threat to Hawaii.
— Hawaii EMA (@Hawaii_EMA) 13 de janeiro de 2018
Por conta do erro, a HI-EMA decidiu aperfeiçoar o mecanismo de alarme. A partir de agora, um alerta sobre mísseis só poderá ser disparado se duas pessoas com acesso ao sistema confirmarem a ameaça. Além disso, o sistema terá um modo automático de cancelamento de alertas.
Apesar disso, David Ige, governador do Havaí, prometeu investigar o problema e tomar medidas para que alertas falsos não sejam disparados novamente. Uma investigação profunda é mesmo necessária. As autoridades precisam descobrir, por exemplo, a razão para algumas sirenes terem disparado (aumentando ainda mais o pânico) e outras não.
Com informações: Ars Technica, TechCrunch, Today.