Amazon patenteia método para encontrar piratas de streaming

Técnica pretende identificar a origem do conteúdo vazado por meio de dados possivelmente invisíveis que remetam ao assinante

Ana Marques
• Atualizado há 3 anos
Amazon Prime Video (Imagem: Glenn Carstens Peters/Unsplash)
Amazon Prime Video (Imagem: Glenn Carstens Peters/Unsplash)

A Amazon pretende dificultar a vida de quem faz pirataria de serviços de streaming. Recentemente, a empresa patenteou um método para adicionar as informações de identificação do usuário ao conteúdo assistido por ele – de forma visível ou não. Desse modo, a companhia pode detectar mais facilmente de onde seus filmes, séries e programas de TV foram vazados.

A técnica, patenteada como “codificação de identificadores em dados de manifesto personalizados” deve implementar uma espécie de marca d’água com um ID exclusivo para cada assinante.

Identificação do usuário pode ser imperceptível

Ao reproduzir um conteúdo, a tecnologia deverá gerar dados de manifesto personalizados (isto é, um arquivo com informações essenciais sobre o conteúdo) com base no identificador do assinante em questão – informações que serão lidas pelo reprodutor e decodificadas pelo servidor de mídia.

Caso o assinante grave o vídeo com uma câmera, por exemplo, o conteúdo ainda terá um padrão de informações de identificação em pelo menos alguns de seus fragmentos, que remetem ao assinante original.

Patente da Amazon mostra técnica antipirataria (Imagem: Reprodução)

Patente da Amazon mostra técnica antipirataria (Imagem: Reprodução)

A patente deixa claro que o código pode ser visível para o usuário ou pode ser imperceptível, o que tende a dificultar a sua remoção. “Isso não apenas torna mais difícil para os piratas de conteúdo detectar, alterar, remover ou derrotar a sobreposição, mas também garante que a qualidade do conteúdo de vídeo marcado com um identificador de versão não seja significativamente degradada”, explica a Amazon.

Ao adicionar o identificador ao arquivo de manifesto, a solução da Amazon pretende tornar mais fácil a aplicação da técnica individualmente. Além disso, para além do nome do assinante, o método também permitiria rastrear geograficamente piratas que replicam o sinal de transmissões ao vivo, como o Super Bowl.

A Amazon não deixou claro se a tecnologia já está em uso em sua plataforma de streaming. Portanto, resta aguardar os desdobramentos para saber se a prática será eficaz para conter a pirataria (e se outras empresas ou instituições pretendem adotá-la).

Com informações: Torrent Freak

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.