A lista do Google com os Androids recomendados para empresas é interessante para todo mundo

Todos os smartphones deveriam ter atualizações de segurança rápidas e garantia para a próxima versão do Android

Paulo Higa
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• Atualizado há 6 meses

O Google lançou nesta quarta-feira (21) o Android Enterprise Recommended, um programa que recomenda os dispositivos com Android mais adequados para ambientes empresariais. Mas a lista de sugestões pode ser interessante para qualquer um: os aparelhos devem seguir requisitos como lançamento rápido de correções de segurança e atualização garantida para a próxima versão do Android.

O Android é historicamente fraco no ambiente corporativo. Ele é responsável por 85% das vendas de smartphones no mundo, mas o cenário se inverte dentro das empresas: uma pesquisa de 2017 mostra que o iOS dominou 82% das atividades, contra apenas 18% do Android, de acordo com o ZDNet. Para tentar melhorar isso, estas são as 21 recomendações do Google:

  • BlackBerry KEYone
  • BlackBerry Motion
  • Google Pixel e Pixel XL
  • Google Pixel 2 e Pixel 2 XL
  • Huawei Mate 10 e Mate 10 Pro
  • Huawei P10, P10 Plus e P10 Lite
  • LG G6
  • LG V30
  • Motorola Moto X4
  • Motorola Moto Z2 Force
  • Nokia 8
  • Sony Xperia XA2
  • Sony Xperia XA2 Ultra
  • Sony Xperia XZ Premium
  • Sony Xperia XZ1
  • Sony Xperia XZ1 Compact

Sentiu falta de alguma grande fabricante na lista? Segundo o Google, a Samsung foi convidada a se tornar uma das primeiras parceiras do programa e até trabalhou em conjunto para definir os requisitos, mas não está participando da fase inicial, por um motivo não divulgado. O Google afirma que outras empresas de smartphones e operadoras móveis entrarão na lista ao longo de 2018.

E o que um Android precisa ter para ser recomendado pelo Google? Alguns requisitos são interessantes inclusive para usuários avançados, não somente para ambientes corporativos. Estas são algumas das exigências:

  1. Distribuição de atualizações de segurança do Android em até 90 dias após a liberação pelo Google, por no mínimo três anos;
  2. Suporte para a versão atual do Android e atualização garantida para a próxima letra;
  3. Disponibilidade de aparelhos desbloqueados, diretamente do fabricante ou do revendedor;
  4. Android 7.0 ou superior, 2 GB de RAM, 32 GB de armazenamento, processador de 1,4 GHz de 64 bits e bateria de 8 horas ou mais em atividade.

Eles também devem suportar recursos utilizados em empresas, como implantação em massa, experiência consistente com aparelhos gerenciados e perfis de trabalho. A lista completa está disponível no site do Android Enterprise Recommended.

Os dois primeiros requisitos deveriam ser obrigatórios para todos os Androids, não apenas para os participantes do programa. Não é raro termos vulnerabilidades que afetam um grande número de aparelhos (como a brecha do WPA2) e que são prontamente corrigidas nos smartphones Google Pixel, mas demoram muito ou, pior, nunca chegam para dispositivos de outras fabricantes.

Além disso, em meados de 2011, o Google até anunciou um esforço para garantir que aparelhos de várias fabricantes tivessem atualizações garantidas por 18 meses, trazendo os últimos recursos e otimizações em desempenho, segurança e bateria do Android. A julgar pela demora no crescimento das novas versões do Android, parece que não deu muito certo.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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