PIX começa a ser testado com pagamentos instantâneos simulados
Banco Central quer colocar PIX em funcionamento até novembro
Banco Central quer colocar PIX em funcionamento até novembro
A pandemia de coronavírus pode ter tirado as atenções sobre o PIX, sistema de transferências e pagamentos instantâneos que promete modernizar os serviços bancários no Brasil. Mas, para o Banco Central, o assunto continua sendo tratado com prioridade: a organização informou que os testes com transações da futura plataforma já começaram.
O Banco Central espera colocar o PIX em funcionamento em novembro. Já na fase inicial, o sistema deverá permitir transações 24 horas por dia, inclusive em fins de semana e feriados. O valor transferido ou pago chegará ao recebedor praticamente em tempo real.
Também é esperado para a estreia que o sistema permita transações a partir de QR Code, apesar de que essa função só estará completa em 2021. Para o mesmo ano, o PIX deverá suportar pagamentos por aproximação (como NFC e MST).
É óbvio que um sistema tão abrangente como esse precisa ser bem testado. O Banco Central diz que a primeira fase de testes começou a ser realizada em fevereiro e consistiu na criação de contas fictícias para avaliação de cadastro de informações de usuários e de conexões ao novo sistema.
Neste mês de abril, o Banco Central deu início à segunda fase de testes. Nela, pagamentos e transferências — também fictícias, é claro — passam a ser avaliadas.
“Agora damos um passo a mais, que é o de experimentar a simulação da liquidação efetiva de um PIX, utilizando a conexão do primeiro teste e dados fictícios de clientes e saldos para as transações”, explica Lílian Holmes, assessora do Banco Central.
Esta fase permite que instituições financeiras ou de pagamento avaliem a realização de transações. Bancos e fintechs podem, por exemplo, testar transferências de valores ou se o sistema invalida operações criadas deliberadamente com erros.
Um dos componentes que podem ser avaliados é o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), que armazena informações dos usuários. Por meio dele, é possível identificar uma pessoa para receber um valor via PIX a partir de dados como número de celular ou e-mail.
Trata-se de uma mecanismo que visa oferecer mais praticidade ao usuário do que operações de DOC ou TED, por exemplo, que exigem preenchimento de informações completas do recebedor em cada transação.
Na atual fase, a participação das instituições financeiras é opcional. Os testes obrigatórios com bancos e afins só começarão em junho, depois que a consulta pública com sugestões funcionais para o PIX tiver sido encerrada.
Se o plano for seguido à risca, o PIX entrará em funcionamento em novembro, como já dito.