Cade arquiva denúncia anticompetitiva do Buscapé contra o Google
Cade diz que não há evidência de que Google se apropriou de conteúdo do Buscapé
Cade diz que não há evidência de que Google se apropriou de conteúdo do Buscapé
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu, nesta semana, arquivar o processo administrativo movido pelo Buscapé contra o Google que acusava a companhia de praticar scraping, ou seja, utilizar conteúdo dos concorrentes nos resultados do seu mecanismo de busca.
A denúncia foi registrada em 2013 pela E-commerce Media Group, na época, razão social do Buscapé e Bondfaro. No processo, a companhia acusou o Google de se apropriar indevidamente de avaliações publicadas nesses sites para disponibilizá-las nos resultados do Google Shopping.
Para a E-commerce Media Group, o Google também estaria priorizando a exibição de resultados do seu próprio comparador de preços nas buscas, prejudicando a atuação de serviços concorrentes. Porém, o Buscapé perdeu o processo judicial movido com base nessa acusação em 2012.
Ao apurar a denúncia sobre scraping, o Cade afirma ter analisado resultados de buscas exibidos no Google durante 2011 e 2016, mas que não encontrou nenhuma evidência de que a companhia teria coletado conteúdo de sites rivais em benefício próprio.
Além da falta de evidências, o Cade afirma ter pesado para a sua decisão de arquivar o processo o fato de que, no decorrer da investigação, nenhuma outra empresa reclamou de exibição não autorizada de avaliações nos resultados do Google.
Em nota a respeito do arquivamento do processo, o Google declarou: “estamos confiantes de que nossos produtos e serviços estão em conformidade com as leis brasileiras e continuaremos colaborando com o órgão”.
Mas isso não quer dizer que, a partir de agora, a companhia está fora do radar do Cade: o órgão solicitou à Superintendência-Geral que investigue se o Google pratica abuso de poder econômico nos segmentos de busca e notícias — neste último, há suspeitas de scraping.
Com informações: Agência Brasil.