Clientes do Itaú poderão comprar e vender bitcoin e ether no banco

Itaú é o primeiro dos bancos tradicionais que atuam no Brasil a oferecer negociação de criptoativos. XP e PicPay anunciaram saída deste mercado.

Giovanni Santa Rosa
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Fachada de agência do Itaú
Itaú vai liberar negociação gradualmente para base de clientes (Imagem: Marcelo Alves/Flickr)

O Itaú lançou a opção de comprar e vender criptomoedas por meio da plataforma de investimentos Íon. O banco passa a concorrer neste mercado com outras instituições financeiras mais novas, como Nubank, BTG Pactual e XP.

Inicialmente, as duas moedas negociadas serão o bitcoin e o ether, que detêm os maiores valores de mercado entre os criptoativos. As transações terão valor mínimo de R$ 10. A possibilidade de comprar ou vender será liberada gradualmente para a base de clientes. A custódia dos ativos ficará a cargo do próprio Itaú.

Bitcoin supera R$ 300 mil (Imagem: Moose Photos/Pexels)
Bitcoin tem alta de 130% em 2023 (Imagem: Moose Photos/Pexels)

Segundo Guto Antunes, chefe da Itaú Digital Assets, não será possível, em um primeiro momento, colocar na conta moedas adquiridas externamente, nem resgatar as criptomoedas compradas pela plataforma do Itaú para sua própria carteira — movimentações conhecidas como “wallet in” e “wallet out”, respectivamente.

O executivo diz ainda que o banco vai avaliar a possibilidade de oferecer outras criptomoedas.

Enquanto Itaú chega, outros saem

O Itaú é o primeiro dos bancos “tradicionais” que atuam no Brasil a oferecer a negociação de criptomoedas. Até agora, instituições mais jovens apostaram neste mercado, como Nubank, BTG Pactual e Inter.

Além delas, há também as empresas dedicadas às criptomoedas, como MB (antigo Mercado Bitcoin), Binance e Foxbit, entre outras. Até carteiras digitais, como a 99Pay e o Mercado Pago, também dão essa opção a seus clientes.

Enquanto o Itaú entra, outras empresas saem. Como lembra a Reuters, a XP e o PicPay anunciaram em outubro que deixarão de oferecer estes produtos. A XP não revelou motivos, enquanto o PicPay apontou a indefinição regulatória.

A legislação brasileira conta com o Marco Legal de Criptoativos, sancionado no fim de 2022. O Banco Central foi definido como responsável por monitorar o setor, mas ainda não apresentou uma regulamentação.

O bitcoin acumula alta de 130% em 2023. Em 2022, o colapso da FTX levou a um tombo de 64%.

Com informações: Reuters e Valor Econômico

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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