Samsung e Motorola paralisam produção de celulares no Brasil
Fábricas chinesas que fornecem peças para Samsung e Motorola estão paralisadas por surto de coronavírus
Fábricas chinesas que fornecem peças para Samsung e Motorola estão paralisadas por surto de coronavírus
Na semana passada, noticiamos aqui no Tecnoblog que o atual surto de coronavírus já prejudica a produção de eletrônicos no Brasil. As indústrias de computadores e celulares estão entre as mais afetadas. Prova disso é que, por conta do problema, Motorola e Samsung tiveram que paralisar as suas fábricas recentemente.
A primeira foi a Samsung. Do dia 12 ao dia 14 deste mês, cerca de 2,5 mil funcionários da fábrica da companhia em Campinas (SP) tiveram que ficar em casa. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, a companhia fez o pedido de suspensão da produção alegando falta de peças.
Já a Flextronics, que responde pela produção da Motorola, decidiu dar férias coletivas por 10 dias aos seus cerca de 2,2 mil trabalhadores a partir desta segunda-feira (17). O motivo é o mesmo: falta componentes para a continuidade da produção.
Qual a relação do coronavírus com essas decisões? Grande parte dos componentes usados para a fabricação de smartphones e outros dispositivos vem de fornecedores chineses. O problema é que, em um esforço para conter a disseminação do vírus, várias fábricas estão reduzindo ou paralisando totalmente as suas atividades na China. Se não há produção, não há fornecimento.
No caso da Samsung, os dias parados deverão ser compensados em turnos nos sábados de março. Porém, os trabalhadores de toda a indústria de eletroeletrônicos permanecem preocupados: como não há nada indicando que o problema do coronavírus será resolvido em tempo hábil, várias outras fábricas poderão ser afetadas no Brasil.
Não é exagero: um levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) aponta que 22% das cerca de 50 indústrias pesquisadas no Brasil podem paralisar as suas atividades nas próximas semanas se o desabastecimento não for resolvido.
“Estamos preocupados que isso ainda vai longe. Embora o vírus não tenha chegado aqui, as consequências já vieram. O risco iminente é que se esse negócio se complicar as empresas queiram partir para cortes [de funcionários]”, diz Sidalino Orsi Junior, presidente do Sindicato dos Metalúrgico de Campinas e Região.
Com informações: Convergência Digital.
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