Criadores do Wunderlist lançam novo app para listas de tarefas

Superlist foca em listas e é mais flexível que outros aplicativos do gênero. Versão Pro traz recursos de inteligência artificial para sugerir resumos e tarefas.

Giovanni Santa Rosa
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Tela do app de listas Superlist
Superlist cria listas com tarefas, anotações e imagens, entre outras possibilidades (Imagem: Reprodução/Superlist

Os criadores do Wunderlist voltaram com um novo app de listas, chamado Superlist. O novo produto funciona com tarefas, mas vai além e inclui anotações, anexos e grupos de colaboração, de um jeito um pouco diferente do antigo aplicativo e dos concorrentes disponíveis no mercado.

O Wunderlist era um dos aplicativos de tarefas favoritos de muita gente há cerca de dez anos. Em 2015, ele foi comprado pela Microsoft, que incorporou muitos de seus recursos no To Do, lançado em 2017. O fim da linha para o Wunderlist chegou em 2020, com o fim do suporte.

Wunderlist
Para quem não lembra, o Wunderlist era assim (Imagem: Divulgação/Wunderlist)

Naquele mesmo ano, Christian Reber, um dos fundadores do Wunderlist, criou uma nova empresa, a Superlist. O primeiro beta saiu em 2020 mesmo e, mais de três anos depois, a versão pública foi lançada, com apps para macOS, Android, iOS e web.

Meio lista de tarefas, meio Notion

Eu usei o Superlist por algumas horas e acho que ele fica em um meio-termo entre apps de tarefas mais tradicionais (Todoist, Tick Tick, Any.do) e o Notion (que serve para anotações e até um banco de dados bem simples).

Como comenta o Verge, o Superlist é mais um aplicativo de listas do que de tarefas. Na prática, isso significa que você tem uma flexibilidade maior do que em aplicativos de tarefas.

Ao criar uma lista, você consegue colocar tarefas, sim, mas também anotações em texto, divisórias, subtítulos, imagens e anexos. Para escolher o bloco desejado, digite uma barra (“/”) que um menu suspenso aparece com as opções. Também dá pode criar equipes e convidar pessoas, para atribuir tarefas a elas. Nesse sentido, o Superlist lembra bastante o Notion.

Menu suspenso no Superlist após digitar barra. Entre as opções, estão tarefa, divisória, título e parágrafo.
Superlist tem blocos, como no Notion (Imagem: Reprodução/Superlist)

Por outro lado, ele tem recursos bem típicos de aplicativos de tarefas. Ao criar uma tarefa, é possível colocar prazo, repetição e lembrete. O app também tem uma seção para coisas cujo prazo é hoje e outra para visualizar todas as tarefas.

Ele tem até uma caixa de entrada, como é chamado o lugar para jogar tudo que ainda não está organizado em uma lista. Esses recursos demandariam um pouco mais de trabalho em um app como o Notion.

Como era de se esperar de um aplicativo recém-lançado, ainda faltam recursos no Superlist. Ele só funciona em inglês e não há um app para Windows. No Android e no iOS, não há widgets.

Além disso, eu senti muita falta do reconhecimento automático de datas. Em outros gerenciadores de tarefas, como o Todoist, você pode digitar uma data (“hoje”, “toda terça” ou “25 de fevereiro”, por exemplo) e o app identifica, entende e coloca como prazo. O Superlist não conta com esse recurso.

Tela do Todoist com uma tarefa sendo criada e a data digitada em destaque
Todoist e outros apps do tipo reconhecem datas digitadas, coisa que o Superlist não faz (Imagem: Divulgação/Todoist)

Superlist tem IA, mas você precisa pagar

O Superlist tem dois planos, um gratuito e outro pago. A assinatura Pro Personal custa US$ 10 mensais (cerca de R$ 50) ou US$ 96 anuais (cerca de R$ 480). Para times, o valor é ainda mais alto: US$ 12 mensais (R$ 60) ou US$ 120 anuais (R$ 600) para cada membro.

O plano Pro traz listas compartilhadas ilimitadas, mais colaboradores por listas, acesso total às integrações, 25 GB de armazenamento e, como não poderia deixar de ser, recursos de inteligência artificial, para resumir e-mails e criar listas com a ajuda da tecnologia.

Com informações: The Verge

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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