Escassez de chips já atinge 12% da produção de eletrônicos no Brasil
Problema da escassez global de chips já prejudica produção nacional de TVs, notebooks, celulares e outros eletrônicos
Problema da escassez global de chips já prejudica produção nacional de TVs, notebooks, celulares e outros eletrônicos
O cenário de escassez de chips perdura no mundo todo e não exclui o Brasil. No país, a fabricação de TVs, notebooks e celulares, por exemplo, vem sendo afetada pelo problema. Uma sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) revela que 12% dos fabricantes brasileiros de eletrônicos já tiveram que paralisar parte de sua produção por causa da falta de componentes.
Ainda de acordo com a associação, a escassez de chips prejudica quatro a cada dez fábricas de produtos eletrônicos no Brasil. É verdade que a situação é menos grave que a do setor automotivo. Ao contrário deste, a indústria de eletrônicos brasileira não teve que paralisar totalmente nenhuma fábrica, pelo menos até o momento.
Em contrapartida, a proporção de 12% de fábricas parcialmente paralisadas é o maior número registrado desde fevereiro, quando a Abinee começou a fazer esse tipo de acompanhamento.
Por conta do problema, 32% das empresas consultadas relataram enfrentar atrasos na produção ou na entrega de produtos aos clientes. O problema pode piorar: no último mês de junho, 71% das companhias afirmaram terem tido dificuldades para adquirir semicondutores — em maio, essa proporção estava em 55%.
A sondagem da Abinee revela ainda que a escassez de chips, quando combinada com fatores como aumento das tarifas de frete e desvalorização cambial, fez o aumento de custos dos componentes ser considerado acima do normal por 93% das fábricas consultadas.
Não há solução no curto prazo para quase metade delas: 42% das empresas trabalham com a possibilidade de o fornecimento de chips só ser normalizado em meados de 2022.
Essa previsão condiz com as estimativas de companhias como Intel, Nvidia e TSMC. Para esta última, o problema pode inclusive ser solucionado apenas em 2023.
Com informações: UOL.