Depois das chamadas em áudio, eis a próxima parada do Facebook Messenger: as ligações com vídeo. O aplicativo de IM da rede social permite, desde ontem, que as pessoas conversem entre si no melhor estilo do FaceTime, da Apple; Skype, da Microsoft; ou Hangout, do Google. São concorrentes de peso que o Facebook terá de enfrentar a partir de agora.
Num primeiro momento, porém, os usuários brasileiros não poderão testar a novidade. Ela foi liberada em uma penca de países, entre eles Estados Unidos, México e Uruguai, mas não há nenhuma palavra sobre a disponibilização no Brasil. “Nós vamos lançá-lo para outras regiões nos próximos meses”, informou o Facebook em uma nota.
Quem já testou o recurso afirma que nem sequer tem muito o que dizer. Em qualquer chat, é só tocar no ícone de câmera de vídeo para iniciar uma chamada. É possível intercalar entre a câmera traseira e a frontal (a tal câmera de selfie, como algumas fabricantes vêm dizendo) durante a conversa, ou desligá-las completamente.
O Facebook fez questão de explicar que o recurso funciona em um cenário multiplataforma. Um usuário de Android poderá, por exemplo, telefonar com vídeo para um dono de iPhone. Por enquanto não temos nenhuma informação sobre a disponibilidade da ferramenta no Windows Phone, nem no PC. Vale lembrar que no começo de abril foi lançado o Messenger.com, um site específico para o comunicador – sem as irritantes interrupções da rede social. Faria total sentido embutir a nova funcionalidade no Messenger para computadores.
Mais de 600 milhões de pessoas utilizam o Messenger ativamente, segundo dados da companhia. Esse pessoal responde por aproximadamente 10% de todas as ligações telefônicas feitas pela internet (VoIP). O Facebook tenta abocanhar mais uma parcela deste segmento de comunicações ao introduzir também as chamadas em vídeo. Não duvido que cheguem lá muito rapidamente.
Curiosamente, a empresa não lucra nada ao fornecer tais serviços. O Verge bem nota que as iniciativas servem bem mais para manter o Facebook entre os hábitos diários dos usuários. Mas não duvide se, num futuro próximo, eles começarem a ouvir suas conversas por áudio e vídeo para aprender mais sobre ti, com o objetivo de oferecer anúncios ainda mais contextualizados. Já fazem isso com o chat em texto.
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