Facebook se pronuncia sobre a polêmica da política de nomes reais
Na semana passada, o Ello teve um enorme boom de novos usuários descontentes com o Facebook. A nova rede social, que promete se manter livre de propagandas, também garante proteger a privacidade dos usuários, armazenando apenas as informações que reflitam os diferentes modos de uso da rede, de modo a melhorá-la continuamente.
O êxodo para o Ello começou com a comunidade LGBT, que cansou da exigência do Facebook em usar seu nome verdadeiro. Diversas drag queens tiveram suas contas bloqueadas por conta disso e foram obrigadas a utilizarem seus nomes de batismo; a orientação da rede social de Mark Zuckerberg era que elas utilizassem seus nomes verdadeiros em seus perfis e criassem fanpages com seus nomes artísticos para divulgar seus trabalhos, algo que não é o ideal para todos, não apenas pelo pouco alcance das páginas: a maior parte delas simplesmente não é chamada por ninguém por seus nomes de batismo.
Diante da desistência de tantas pessoas em usarem a rede social, o Facebook teve que se posicionar sobre a polêmica, e o fez ontem. O diretor de produtos da empresa, Chris Cox, publicou um post falando sobre o assunto.
Nele, Cox pede desculpas à comunidade LGBT pelo transtorno e explica como é a tal política de nomes verdadeiros. Segundo ele, o que aconteceu no caso das drag queens foi que, entre outras milhares de contas, as delas foram denunciadas como falsas e o procedimento padrão é pedir algum documento que comprove que a pessoa é a mesma que diz ser na rede social.
Cox afirma ainda que o Facebook apoia e encoraja que todos usem o mesmo nome que utilizam na vida real e reconhece que, apesar de estar há 10 anos em voga, a política precisa ser revisada para abranger todos os usuários. No entanto, acredita que essa mesma política é o que a diferencia do resto das redes sociais: ele dá a entender que, ao impedir o anonimato, o Facebook está protegendo os usuários de comportamentos nocivos e até criminosos.
Sister Roma, que chegou a ir até a sede da rede social para debater o assunto, comemorou a notícia. Ela declarou que sempre soube que o Facebook “faria a coisa certa”: “as pessoas que trabalham no Facebook moram em São Francisco e são parte da nossa comunidade. Você não pode morar em São Francisco e não amar drag queens”.
Cox, na declaração feita em seu perfil, diz que o Facebook está trabalhando em ferramentas que melhorem a autenticação de seus usuários sem que eles sejam forçados a utilizarem os nomes de batismo e sem abrir espaço para fakes, mas não comentou que tipos de ferramentas serão utilizadas, tampouco como será a mudança na política de nomes.
Com informações: The Verge