Google enfrenta sério problema de Wi-Fi em novo prédio

Formato de teto do campus de Bay View pode ser a causa do problema de Wi-Fi no prédio. Situação complica com política de três dias obrigatórios de trabalho presencial

Felipe Freitas
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(Imagem: Divulgação/Google)
Campus do Google tem design moderno, inovador, sustentável e é péssimo para o Wi-Fi (Imagem: Divulgação/Google)

A arquitetura do novo prédio do Google, que foi totalmente desenhado pela big tech, está causando problemas com os sinais de Wi-Fi. De acordo com alguns funcionários, que falaram com a Reuters sob condição de anonimato, o teto ondulado da empresa prejudica a propagação das ondas de rádio dos roteadores. O Google não se pronunciou sobre a causa do sinal fraco de Wi-Fi.

O mais inacreditável, já que falamos de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo e uma das principais líderes de serviços de internet, é que a situação está assim há meses. Em resposta a Reuters, o Google afirma que está trabalhando para melhorar cobertura do sinal no campus Bay View.

Um funcionário, também em declaração anônima, destacou o seu sentimento sobre sofrer com o Wi-Fi na big tech. “Você pensa que a companhia líder em internet já teria resolvido isso”, disse o empregado. O caso fica ainda mais complicado pelo fato do Google ter abandonado o trabalho remoto para adotar uma rotina híbrida de três dias de escritório.

Quem não tem cão, caça com celular

Para contornar o problema, os funcionários estão utilizando os bons e velhos cabos ethernet. Se faltar cabo, aí eles têm três opções: rotear a internet do celular, trabalhar ao ar livre ou usar o Wi-Fi da cafeteria da Bay View — os dois últimos contam com sinal mais forte do que o da área voltada para o trabalho. Alguns empregados ganharam notebooks com uma placa de rede mais potente.

O prédio do campus de Bay View, localizado na cidade Mountain View, sua sede há décadas, foi totalmente projetado pelo Google. Em uma publicação sobre o prédio, a empresa relata que teve a chance de “repensar a ideia de escritório”.

O desenho do lugar é bonito, possui um visual moderno e recursos para sustentabilidade. As “ondas” permitem maior entrada de luz natural. O teto possui células fotovoltaicas para geração de energia e possui infraestrutura para capturar água da chuva.

Os módulos do teto ajudam nessa proposta sustentável. Por outro lado, seu formato cria formas convexas e parabólicas voltadas para a parte interna, o que pode ser a causa do problema de propagação das ondas de rádio. Mas isso algum físico youtuber poderá explicar melhor (alô, Pedro Loos e FísicoTurista).

Com informações: Ars Techinica e Reuters

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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