Google estaria pagando até US$ 12 bilhões à Apple para ser padrão no iOS
Google paga até US$ 12 bilhões por ano para manter buscador como padrão nos produtos da Apple, segundo reportagem
Google paga até US$ 12 bilhões por ano para manter buscador como padrão nos produtos da Apple, segundo reportagem
O Google é o mecanismo de busca padrão dos produtos da Apple, como o iOS, mas isso pode ter um preço para a gigante das buscas: até US$ 12 bilhões por ano. É o que conta uma reportagem do New York Times deste domingo (25), que traz novos detalhes sobre o suposto acordo entre as duas companhias para dar prioridade ao buscador.
A reportagem dá um novo episódio ao processo do governo dos Estados Unidos contra o Google, que é acusado de manter um monopólio no mercado de buscas e de anúncios, aberto no último dia 20. Segundo a reportagem, em 2017, o acordo foi renovado para manter o buscador como padrão nos sistemas da Apple.
A estimativa é de que o Google pague, atualmente, entre US$ 8 bilhões e US$ 12 bilhões por ano para que a Apple dê prioridade ao buscador, o equivalente de 14% a 21% da receita anual da fabricante do iPhone. O valor seria superior às especulações anteriores, de US$ 1 bilhão, em 2014, e US$ 3 bilhões, em 2017.
Procuradas pelo jornal norte-americano, a Apple se negou a comentar sobre o assunto. Já o Google encaminhou um link para uma publicação no blog da companhia, onde se defende das acusações da ação judicial e mostra como é possível usar outros buscadores com facilidade tanto no iOS e macOS quanto no Android e Chrome.
O Google está sendo processado por autoridades dos Estados Unidos. Em processo aberto na semana passada pelo Departamento de Justiça (DoJ) e procuradores-gerais de onze estados, a companha norte-americana é acusada de manter monopólio ilegal em buscas e anúncios online.
Segundo o Departamento de Justiça, a companhia alcançou a liderança no mercado ao pagar para ser buscador padrão tanto em celulares quanto em computadores, como é o caso da parceria entre a empresa e a Apple. Em alguns casos, a gigante das buscas até proibiu a pré-instalação de serviços concorrentes, conforme aponta a ação judicial.
Em defesa, o Google afirma que esta ação judicial “é profundamente falha”, alegando que os seus serviços são utilizados pois são escolhidos pelos próprios usuários. O caso é comparado com as ações movidas contra a Microsoft na década de 1990, devido ao Internet Explorer embutido no Windows 98.
Com informações: Google (Blog), MacRumors e The New York Times