Google mostra que Android 11 ainda é o queridinho do público

Sistema operacional lançado em 2020 ainda é o Android mais usado; Android 13, de 2022, chega a 12,1% de instalações, chegando nos números de dois dígitos

Felipe Freitas
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Android 11 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Android 11 ainda é o sistema operacional mais usado (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Google divulgou para os integrantes do Android Studio a tabela trimestral de “presença de mercado” das versões Android. A versão 11 do sistema operacional mobile, lançada em 2020, segue na liderança, presente em 23,5% dos dispositivos. Já o Android 13, edição mais recente do programa, está instalado em 12,1% dos aparelhos mobile — quinto lugar.

No pódio, temos o Android 10 em segundo lugar (18,5%) e o Android 12 fechando o top-3 com 16,5%. O Android 9 (Pie) tem 12,3% — 4º lugar. O resultado da 12ª versão do sistema operacional, lançado em 2021, mostra que o Android 13 (cujo codinome é Tiramisu) não está tão ruim assim. Além do mais, este começou o ano com 5% de instalações.

Android 14 chega em breve, mas público não deve ligar

No cronograma do beta do Android 14, divulgado pelo Google, é esperado que a nova versão do seu sistema operacional mobile chegue depois de agosto. Contudo, a realidade do momento mostra que quase 50% do público Android está usando um SO “antigo”. Somadas, as edições 10 e 11 do software estão instaladas em 48% dos dispositivos.

Gráfico de Androids mais usados (Imagem: Divulgação/Google)
Gráfico de Androids mais usados (Imagem: Divulgação/Google)

Existem alguns fatores que explicam por que há uma adoção lenta para as atualizações do Android. Um deles é que o Google não é responsável por enviar os updates para todos os smartphones do mundo. Cada fabricante de celular que define o seu cronograma de lançamento — e os Pixels, smartphones do Google, são os primeiros a receber.

Isso traz alguns casos desagradáveis, como empresas que prometem um suporte de “X” anos, mas a atualização demora. Outras fabricantes lançam gradualmente as suas interfaces baseadas em Android, aqui um exemplo prático é a Samsung, que libera a One UI mais nova primeiramente para os smartphones mais novos.

Público pode não ver valor nos updates

Tela dividida no Galaxy S10+ com Android 11 (Imagem: Bruno Gall De Blasi/Tecnoblog)
Galaxy S10+ com Android 11 (Imagem: Bruno Gall De Blasi/Tecnoblog)

Se o Android 11 e 10 ainda são os mais populares, o fator “público” não pode ficar de fora. Para fazer a atualização, é preciso que ela seja atrativa. Contudo, será que o usuário comum vê valor em atualizar algo que está funcionando bem por algo que ele não tem muito conhecimento? Provavelmente, a resposta é não. Convenhamos, a maioria dos recursos não é usada pelo “cidadão médio”.

Já o usuário avançado, levará em conta a estabilidade do sistema operacional e utilidade dos novos recursos. “O Android está com problemas nessas primeiras semanas? Afetará a minha bateria? As ferramentas que eu uso foram aprimoradas?” são perguntas que o consumidor mais ligado em tecnologia fará antes de pular de um SO para o outro — fora que nada nos impede de pular do Android 11 para o 13, por exemplo.

Outro ponto importante é que o público pode não estar comprando um aparelho novo, compatível com atualizações mais recentes. O Galaxy S10, por exemplo, só recebeu updates até o One UI 4.1, baseado no Android 12.

Com informações: XDA Developers

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Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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