iFood: CPI em SP mira em agências envolvidas na polêmica contra entregadores
Vereadores da CPI dos Aplicativos convocam agências de marketing que teriam sido contratadas pelo iFood para calar greves
Vereadores da CPI dos Aplicativos convocam agências de marketing que teriam sido contratadas pelo iFood para calar greves
O iFood está no centro de outra ação da CPI dos Aplicativos. Os vereadores de São Paulo convocaram as agências de publicidade que teriam sido contratadas com objetivo de criar perfis falsos em redes sociais para calar greves dos entregadores. O convite acontece logo depois que a comissão visitou a sede da plataforma de delivery.
A ação faz parte da CPI dos Aplicativos, instalada na Câmara Municipal de São Paulo. Neste novo episódio, os vereadores estão atrás de esclarecimentos sobre a participação das agências Benjamim Comunicação e Social Qi (SQi). Segundo a Agência Pública, as companhias foram contratadas para esvaziar as reivindicações trabalhistas e manipular o debate público sobre paralisações.
O convite também foi destinado a outros parceiros do iFood. Neste caso, os vereadores querem apurar mais informações sobre os operadores logísticos (OL). Em nota ao Poder360, a plataforma de delivery informou que “segue à disposição da comissão para prestar os devidos esclarecimentos feitos pelos parlamentares”.
A companhia também informou que sua relação com os operadores logísticos é de intermediação, não de terceirização. “Conforme já anunciado, o iFood cancelou o contrato com a Benjamin Comunicação no dia 9 de abril”, afirmaram. As agências não se manifestaram sobre a convocação até o momento.
Esta é mais uma ação da CPI dos Aplicativos que atinge o iFood. Na semana passada, os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visitaram a sede do iFood. O evento aconteceu após o convite da própria companhia de delivery para apresentar as instalações e compartilhar mais informações sobre a operação.
Os políticos também foram a dois endereços na capital apontados como supostos operadores logísticos. “No Brooklin e na Vila Saúde [bairros de São Paulo], os membros da CPI buscaram entender como essas empresas operam e avaliar a condição de trabalho dos entregadores”, disse um comunicado da câmara.
O iFood também tornou-se alvo de uma investigação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) para apurar as denúncias sobre a campanha. O Ministério Público Federal (MPF) de SP também pedindo explicações ao iFood sobre a ação para sabotar greves de entregadores.
Com informações: Poder360