Instagram é acusado de coletar dados biométricos sem autorização

A ação alega que o Instagram lucrou com a coleta, sem consentimento, de dados biométricos de cerca de 100 milhões de usuários

Victor Hugo Silva
• Atualizado há 2 anos e 10 meses
instagram tb ladinho

Depois de chegar a um acordo de US$ 650 milhões para se livrar de um processo por conta da coleta indevida de dados biométricos, o Facebook terá de enfrentar uma disputa judicial parecida. Agora, a empresa será julgada pelo armazenamento não autorizado de dados biométricos de 100 milhões de usuários do Instagram. O processo foi aberto na segunda-feira (10) em um tribunal de Redwood City, na Califórnia.

Segundo a Bloomberg, a ação alega que o Facebook lucrou com as informações, mas não pediu o consentimento dos usuários até o início de 2020, quando o Instagram informou sobre a prática em seu aplicativo. A acusação afirma que, até então, a empresa violava uma lei de Illinois que proíbe o armazenamento de dados biométricos sem a autorização de seus titulares.

A regra determina que empresas podem ser forçadas a pagar US$ 1.000 por cada pessoa que não teve o direito respeitado. Caso fique comprovado que a ação foi imprudente ou proposital, o valor por cada violação pode chegar a US$ 5.000.

Em julho deste ano, o Facebook conseguiu pagar um valor bem menor em um processo parecido na Justiça de Illinois. A empresa era julgada por conta do uso não autorizado de reconhecimento facial para notificar quando usuários aparecem em fotos de terceiros. De acordo com o Chicago Tribune, a rede social pagará até US$ 400 para cada usuário no estado, dependendo de quantos reivindicarem o pagamento, em uma redução significativa ao teto de US$ 5.000 por violação

O Facebook segue usando dados biométricos em seus aplicativos, agora com autorização dos usuários. A empresa liberou há algumas semanas a opção de bloquear o Messenger com impressão digital ou reconhecimento facial. O recurso também está disponível para usuários de WhatsApp.

Relacionados

Escrito por

Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.