Não é só a Samsung: LG prevê queda de 80% no lucro do último trimestre

Na CES 2019 a ordem é continuar sorrindo e acenando, mas, nos bastidores, o clima não é dos melhores: nesta terça-feira (8), a LG comunicou que o seu lucro operacional correspondente ao quarto trimestre de 2018 vai cair em aproximadamente 80% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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A porcentagem exata e outros números ainda não são conhecidos porque o relatório financeiro com todos os detalhes vai ser liberado apenas no fim de janeiro. Mas a LG adiantou que, no período entre outubro e dezembro de 2018, o lucro provavelmente vai ser de 75,3 bilhões de wons (moeda sul-coreana), montante equivalente a US$ 67 milhões.

Parece muito e, bom, qualquer lucro é melhor do que nenhum. Mas essa positividade toda fica abalada quando o valor estimado é comparado com as expectativas de analistas de mercado: eles previam lucro de 387 bilhões de wons durante o trimestre em questão, isto é, algo na casa dos US$ 345 milhões.

No mesmo período, o faturamento total da LG também deverá cair. Analistas esperavam ao menos 16,3 trilhões de wons (US$ 14,4 bilhões), mas a companhia deverá registrar 15,8 trilhões de wons (US$ 14 bilhões).

Agora, a pergunta que fica no ar é: por quê? Uma das causas é o segmento de smartphones. Não é novidade para ninguém que a divisão de dispositivos móveis da LG está há tempos no vermelho.

Mas isso não explica todo o problema, afinal, números negativos já eram esperados na divisão de celulares. Provavelmente, a causa principal recai sobre o segmento de TVs: a LG vinha vindo bem aqui, mas deve estar perdendo força por causa do aumento da competitividade nesse mercado.

Não é só a LG que começou o ano tirando o sono de acionistas e investidores. O aviso da companhia foi liberado apenas algumas horas depois de a Samsung revelar que vai registrar queda de quase 30% no lucro do último trimestre de 2018.

A Apple também não teve um bom começo de ano: na semana passada, a empresa perdeu mais de US$ 70 bilhões em valor de mercado após reconhecer a diminuição nas vendas do iPhone.

Com informações: Reuters.