LG segue à frente da Xiaomi e outras marcas em venda de celulares no Brasil

Samsung e Motorola são líderes no Brasil durante o segundo trimestre de 2021; mercado de celulares cresce 41% na América Latina

Bruno Gall De Blasi
• Atualizado há 2 anos e 11 meses

LG confirmou o fim de sua divisão de celulares em abril. Mesmo assim, a marca sul-coreana possui expressividade no Brasil: de acordo com a consultoria Counterpoint Research, a empresa vigorou como a terceira maior fabricante de smartphones do país no segundo trimestre de 2021. A Samsung e a Motorola seguem na liderança.

A informação parte de um ranking revelado pela consultoria nesta quinta-feira (19). No Brasil e na Argentina, a LG ficou atrás somente da Samsung e da Motorola ao longo do 2º trimestre de 2021. A nível de comparação, a marca sul-coreana está na frente até mesmo da Xiaomi, terceira maior fabricante de toda a América Latina, e Apple. 

O resultado veio à tona poucos meses após a LG confirmar que deixará de vender celulares no mundo todo. Em abril, a marca informou que iria encerrar a sua divisão mobile. “Espera-se que a desaceleração do negócio de telefonia móvel seja concluída até 31 de julho, embora o estoque de alguns modelos existentes ainda possa estar disponível depois disso”, afirmaram na época.

Samsung Galaxy A52 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)
Samsung Galaxy A52 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Já a primeira colocação é ocupada pela Samsung. Em abril, a companhia lançou o Galaxy A32, A52, A52 5G e A72 no Brasil, com telas de até 120 Hz, baterias grandes e preços que vão de R$ 2.699 a R$ 3.799. Mais tarde, a fabricante também começou a vender o Samsung Galaxy S20 FE 4G com o processador Snapdragon 865 no país.

A Motorola, por sua vez, vem em segundo lugar. A empresa revelou o Moto G60 em abril, que recebeu uma nova edição em agosto. O celular chama a atenção pela tela de 120 Hz e a bateria de 6.000 mAh, que acompanham o smartphone anunciado por R$ 2.699. A companhia ainda apresentou, em maio, o Moto G20 com tela de 90 Hz, câmera quádrupla e ficha técnica de entrada por R$ 1.699.

Motorola Moto G60 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Motorola Moto G60 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Mercado de celulares da América Latina cresce 41,8%

A Counterpoint Research também apresentou informações sobre a América Latina. Segundo os dados da consultoria, no segundo trimestre de 2021, as vendas de smartphone cresceram 41,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, houve uma queda de 6,5% em comparação com o trimestre anterior. 

“A demanda por smartphones na região cresceu de forma constante, mas o crescimento do volume foi impactado pela contínua escassez de chipsets e restrições de fabricação”, informaram. 

Samsung é a principal fabricante do bloco, com 37,3% do mercado, e aparece como líder em todos os países, com exceção do México e Peru. A Motorola vem em segundo lugar, com 22,3%, e assumiu a liderança no México. Ainda assim, a responsável pela linha Moto G perdeu a dianteira na Colômbia com o crescimento da Xiaomi no país.

Xiaomi Redmi Note 10 Pro (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi Note 10 Pro (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A fabricante chinesa vem em terceiro lugar, com 11,4%. O relatório aponta que a Xiaomi teve o seu maior crescimento na América Latina. “Seu volume mais do que triplicou em relação ao ano anterior, auxiliado pelo declínio da Huawei”, explicaram. “Ultrapassou a Samsung para se tornar a marca número um no Peru, o primeiro país da América Latina a se tornar líder de mercado”.

A quarta colocação é ocupada pela ZTE, com market share de 4,4%. A Apple aparece no quinto lugar com participação de 3,8% e uma queda em relação ao trimestre anterior. Essa redução, no entanto, é aguardada devido à expectativa de lançamento de um novo iPhone, cujo evento ocorre tradicionalmente em setembro.

As demais fabricantes acumulam uma fatia de 20,8% do mercado.

Com informações: Counterpoint Research

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.