Linux já é mais usado que Windows Server na nuvem da Microsoft

Microsoft Azure suporta máquinas com distribuições Linux desde 2012

Paulo Higa
• Atualizado há 3 anos
Microsoft Linux

Quase ninguém acreditava na conversa da Microsoft quando a empresa anunciou que investiria em software livre e lançaria distribuições Linux em seu serviço de nuvem, o Microsoft Azure. Ainda mais em 2012, quando o CEO era Steve Ballmer. Mas a investida deu tão certo no mundo open source que, segundo um desenvolvedor da empresa, o pinguim já é mais usado que o Windows Server na nuvem da própria Microsoft.

O crescimento foi gradual. As primeiras instâncias com Linux apareceram em junho de 2012 no Microsoft Azure — que ainda era chamado de Windows Azure. Em 2015, o CTO Mark Russinovich disse que uma em cada quatro instâncias rodavam Linux. Dois anos depois, o sistema operacional de código aberto ultrapassou 40% de participação nas máquinas virtuais da nuvem da Microsoft.

Agora, em uma lista de discussão de segurança, o desenvolvedor Sasha Levin, responsável pelo kernel Linux na Microsoft (que estranho falar isso), comenta que “o uso do Linux na nossa nuvem ultrapassou o Windows”. No site do serviço de nuvem, a Microsoft já afirmava que “aproximadamente 50% de todos os núcleos de computação do Azure são Linux”.

Não é tão surpreendente considerando o mercado global de servidores, em que o Linux já lidera com 68% de participação, como mostra o ZDNet, mas não deixa de ser curioso.

O Microsoft Azure suporta atualmente máquinas virtuais com oito distribuições Linux: Red Hat, SUSE, openSUSE, Ubuntu, CentOS, Debian, CoreOS e Oracle Linux. Recentemente, a empresa licenciou 60 mil patentes de graça para o Linux. E, desde 2018, a Microsoft tem sua própria distribuição, o Azure Sphere OS, focado em internet das coisas.

Nada mal para uma empresa cujo CEO já declarou que o Linux era um câncer!

Leia | O que é Microsoft Azure?

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.