Mark Zuckerberg enfim quebrou o silêncio a respeito do caso Cambridge Analytica. Ele não havia comentado o assunto nenhuma vez desde sexta-feira (16), quando o escândalo veio a público. Em uma publicação na rede social, o CEO diz que vai investigar todos os apps que tiveram acesso a grandes quantidades de dados dos usuários e restringir as informações que são fornecidas a terceiros.
Ele reconhece que houve uma quebra de confiança entre o pesquisador Aleksandr Kogan (criador do app de teste de personalidade), a Cambridge Analytica (que comprou os dados coletados) e o Facebook, “mas também houve uma quebra de confiança entre o Facebook e as pessoas que compartilham seus dados e esperam que nós os protejamos. Precisamos consertar isso”.
Por isso, Zuckerberg promete tomar três medidas a respeito do caso. Ele ressalta que o Facebook já deu um primeiro passo em 2014, quando “reduziu drasticamente” o acesso às informações dos usuários por parte de apps de terceiros, mas que vai além: apenas seu nome, foto de perfil e endereço de e-mail será compartilhado quando você fizer login; e seus dados não poderão ser acessados pelo desenvolvedor se você ficar três meses sem utilizar o app.
Além disso, o Facebook vai investigar todos os apps que tiveram acesso a um número maior de informações, antes das restrições impostas em 2014. “Baniremos qualquer desenvolvedor da nossa plataforma que não concorde com uma auditoria completa. E se encontrarmos desenvolvedores que utilizaram indevidamente informações identificáveis, vamos bani-los e informar todos os usuários que foram afetados por esses apps”.
Por fim, o Facebook vai destacar uma ferramenta que permite visualizar quais apps têm acesso às suas informações e revogar as permissões dos apps que você autorizou na sua conta. Na verdade, ela já existe (saiba como acessá-la), mas será colocada no topo do feed de notícias de todos os usuários no próximo mês, para “garantir que todo mundo a veja”.
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