Meta: nova marca do Facebook é alvo de reclamações e até processo
Novo nome e logo da dona do Facebook foram alvo de contestação de três empresas diferentes, sendo que uma delas vai processar o Facebook e outra pede US$ 20 milhões
Novo nome e logo da dona do Facebook foram alvo de contestação de três empresas diferentes, sendo que uma delas vai processar o Facebook e outra pede US$ 20 milhões
Se a meta de Mark Zuckerberg era não gerar polêmicas com a transição de nome da holding de Facebook, Instagram e WhatsApp, ela foi por água abaixo: três empresas de países diferentes reclamaram sobre o novo título da empresa, Meta, e seu logo, um M azul entrelaçado. Uma delas, a MileniumGroup, uma agência regional de marketing, resolveu processar o Facebook.
Mesmo antes de o Facebook anunciar a mudança de nome para Meta no final de outubro, o nome e o logo — um M entrelaçado em azul — já poderiam ser encontrados no mercado.
Duas empresas diferentes contestaram informalmente a mudança de nome do Facebook para Meta.
A primeira é a firma norte-americana que monta PCs customizados, a Meta PC. Essa companhia entrou com pedido para registrar a marca em 23 de agosto, mais de dois meses antes da jogada de marketing de Zuckerberg.
Os dois fundadores da Meta PC, Joe Darger e Zack Shutt, disseram ao site TMZ que a companhia operava há um ano, mas só havia decido entrar com pedido para registrar a marca recentemente. Contudo, o registro não foi feito, e ambos podem desistir da patente, sob uma condição: o Facebook deve pagar à empresa US$ 20 milhões. O valor cobriria o custo de rebranding da Meta PC.
Apesar da exigência, fontes do Facebook disseram ao Apple Insider que estão confiantes de que o Facebook conseguirá o registro sem dificuldades. Mas, caso a patente de nome da Meta seja aprovada antes em favor da montadora de PCs, isso pode dificultar a vida da big tech.
Outra questão em si é o logo da Meta. O Facebook se inspirou no conceito do metaverso no design: o M é de um azul remanescente do Facebook, mas está entrelaçado, e passa a impressão de que o universo virtual está sempre conectado e em transformação.
Mas duas empresas já pensaram parecido no mercado: uma delas, a startup M-sense, foi feita para tratar enxaqueca. Em entrevista ao Business Insider alemão, o CEO da empresa, Marcus Dahlem, diz temer que a associação com a Meta faça mal ao aplicativo usado para tratar dores de cabeça.
Dahlem conta que o abuso de privacidade do Facebook pode levar a pessoas que usam o app da M-Sense a não confiarem no compartilhamento de dados, crucial para tratar enxaqueca. “Ao mesmo tempo, [informação] é um ativo sensível. Portanto, precisamos confiar no usuário.” diz o fundador da startup.
Por fim, quem se sentiu mais incomodado com a mudança de nome do Facebook foi o MileniumGroup. A agência de marketing e comunicações latino-americana comunicou que vai processar a Meta pelo “uso impróprio” de seu logo.
De acordo com o Millenium, a grupo usa um M em formato entrelaçado como logo desde março de 2020. A empresa pretende tomar as medidas cabíveis e entrar com ações legais nas cortes do EUA, com o objetivo de fazer o Facebook desistir do isotipo como logo.
O CEO do MileniumGroup, Alberto Arebalos, defendeu a abertura de um processo contra o Facebook alegando que a empresa estaria defendendo a propriedade intelectual:
“Nós precisamos defender nossa propriedade intelectual. A criatividade é uma das características de nossa agência e é por isso que nossos advogados vão pedir uma desistência do Facebook nos tribunais”
Por enquanto, a M-sense e a Meta PCs não entraram com nenhuma ação legal contra o Facebook ou Mark Zuckerberg.
Com informações: El Comercio, Apple Insider e Business Insider
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