Na última sexta-feira (4), uma reportagem disse que o Banco Inter sofreu um vazamento de dados. Isso incluiria senhas de cartão, documentos de identidade e fotos de cheques para compensação via aplicativo.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) está em posse dos arquivos “que supostamente contêm informações pessoais dos clientes do Banco Inter”, e quer explicações.
A Comissão de Proteção dos Dados Pessoais abriu um inquérito civil público para investigar o que aconteceu. O Inter foi notificado na sexta-feira.
“A empresa deve informar se foi realmente constatado algum tipo de incidente de segurança relacionado à base de dados do banco, sua natureza e as medidas que foram tomadas, além de quantos clientes ou colaboradores foram afetados”, diz o MPDFT.
A portaria tem uma foto de cheque diferente da divulgada pelo Tecmundo, além de um arquivo “cadastro-cod-esenha” que está censurado por conter informações sigilosas.
Um hacker chamado “John” alega ter obtido informações pessoais de 300 mil clientes do Inter, coletando-os ao longo de sete meses após descobrir uma falha de segurança. Ele diz que enviou o arquivo para o banco, e exigiu pagamento para não divulgar o caso publicamente.
O Inter disse na sexta-feira que a notícia é “inverídica, com conteúdo técnico questionável e impreciso, publicada com o objetivo exclusivo de prejudicar a reputação do banco”.
O Tecnoblog pediu um posicionamento sobre o inquérito, e recebemos como resposta: “o Banco Inter não vai comentar”.
Este ano, o MPDFT pressionou a Netshoes após obter acesso a um vazamento — noticiado inicialmente pelo Tecmundo — que afetou 2 milhões de clientes. Ela fez um acordo e telefonou para as pessoas cujos dados foram expostos.
O ministério também cobrou esclarecimentos do Uber sobre seu vazamento de 2016. Este ano, a empresa entrou em contato por e-mail com os 196 mil clientes afetados no Brasil. A Vivo e o Facebook também estão na mira da Comissão de Proteção dos Dados Pessoais.
Com informações: MPDFT.