Mozilla fecha acordo bilionário para manter Google como padrão do Firefox

A Mozilla vai receber ao menos US$ 1,2 bilhão ao longo de três anos para o Firefox dar prioridade ao Google em vários países

Victor Hugo Silva
• Atualizado há 2 anos e 11 meses
Google como buscador padrão do Mozilla Firefox

Em meio à reestruturação devido à pandemia do novo coronavírus, a Mozilla garantiu uma parte importante de sua receita para os próximos três anos. A organização chegou a um novo acordo para manter o Google como buscador padrão do Firefox em vários países. A renovação, que aconteceria apenas em novembro, foi antecipada e envolve o pagamento de ao menos US$ 1,2 bilhão ao longo dos próximos três anos.

Segundo fontes do The Register, o acordo gira entre US$ 400 milhões e US$ 450 milhões por ano até 2023. A Mozilla confirmou na quinta-feira (13) que renovou sua parceria com o Google, mas não deu detalhes sobre a duração ou os valores da negócio. De acordo com a organização, a relação entre as partes não foi alterada e o buscador seguirá como padrão no Firefox em vários países.

Os acordos como os que priorizam certos buscadores em algumas regiões oferecem à Mozilla uma boa parte de seu financiamento. Em 2018, eles representaram 95% de sua receita de quase US$ 451 milhões. A quantia foi essencial para pagar os cerca de 1.000 funcionários, que, naquele ano, representaram uma despesa de aproximadamente US$ 286 milhões.

Mozilla demitiu 250 funcionários

Ainda não está claro se o acordo influenciará os planos financeiros da Mozilla. Na terça-feira (11), cerca de 250 funcionários foram demitidos e o escritório em Taiwan foi fechado. A organização declarou que a decisão foi influenciada pela pandemia do novo coronavírus. O ajuste já acontecia desde o início de 2020, quando 70 pessoas foram demitidas sob a justificativa de “garantir estabilidade financeira a longo prazo”.

No entanto, a pandemia forçou um ajuste ainda mais acentuado. “Nosso plano pré-COVID não é mais viável. Falamos sobre a necessidade de mudanças — incluindo a possibilidade de demissões — desde a primavera [segundo trimestre]. Agora, essas mudanças se tornaram reais”, afirmou a organização.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.