Usuários do Linux não precisam mais fazer nenhuma gambiarra para assistir aos filmes e séries da Netflix. Com a última atualização do Chrome, o serviço ganhou suporte oficial ao pinguim. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (10) pela Canonical, confirmando que a novidade está disponível para todos os usuários com Ubuntu 12.04 LTS e 14.04 LTS ou superiores.

Até agora, usuários do Linux conseguiam usar a Netflix com alguns truques que consistiam em trocar o user-agent, rodar uma máquina virtual ou executar algum navegador pelo Wine. Isso porque a Netflix se baseia principalmente no Silverlight para transmitir seu conteúdo. Além de suportar a tecnologia de streaming adaptativo da Microsoft, o Silverlight era o responsável por proteger o conteúdo com DRM.

A última atualização do Chrome no Linux, no entanto, adiciona o suporte a algumas extensões de vídeo de HTML5 — como as Encrypted Media Extensions (EME), que transmitem conteúdo protegido por direitos autorais; as Media Source Extensions, capazes de direcionar o usuário para um servidor específico; e o Web Cryptography API, responsável por verificar se o usuário, de fato, possui uma assinatura válida.

Como todos os requisitos foram cumpridos, a Netflix agora permite que todos os usuários com a última versão do Chrome no Linux acessem o conteúdo usando um player em HTML5. As extensões citadas acima são padrões abertos da W3C, então não deve demorar muito até que outros navegadores adotem o recurso — a Mozilla, que era relutante à ideia, anunciou que vai suportar DRM no Firefox.

Se você usa as últimas versões do Ubuntu e está com o sistema atualizado, já conseguirá assistir aos vídeos pelo Chrome. Caso use outra distribuição ou esteja com uma versão antiga do browser, faça o download do Chrome 38.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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