Nokia N1: um tablet com Android 5.0 e USB reversível
A parte não adquirida da Nokia não demorou muito para anunciar seu primeiro produto sem vínculo com a Microsoft: nesta terça-feira (18), a companhia apresentou o Nokia N1, um tablet com visual clean (e um tanto familiar) que roda Android 5.0 Lollipop e a versão beta do Z Launcher.
O dispositivo tem características que lhe conferem algum destaque. Para começar, a sua tela, de 7,9 polegadas e proporção 4:3, conta com 2048×1536 pixels, painel IPS e proteção Gorilla Glass 3.
Em seu interior, há um processador quad-core Atom Z3580 de 2,4 GHz (64 bits), 2 GB de RAM, GPU PowerVR G6430, 32 GB para armazenamento interno de dados e bateria de 5.300 mAh. O tablet também conta com câmeras frontal e traseira de 5 e 8 megapixels, respectivamente.
A espessura do N1, de 6,9 mm, não decepciona, o mesmo valendo para o seu peso: 318 gramas.
O detalhe mais surpreendente fica na parte inferior do dispositivo: entre dois alto-falantes estéreo há uma porta USB 2.0 com conector do tipo C, aquele padrão reversível e compacto finalizado em agosto. Na conectividade, também há Wi-Fi 802.11ac com tecnologia MIMO e Bluetooth 4.0.
As vendas do Nokia N1 começam em fevereiro de 2015. O primeiro mercado a ser atendido será a China. Por lá, a novidade terá preço equivalente a US$ 250. Depois, o produto chegará à Rússia e a outros mercados da Europa. Como a Microsoft ficou com as fábricas da Nokia, a produção do tablet caberá à Foxconn.
Para quem se pergunta, ainda não há informação de disponibilização no Brasil. Porém, a questão mais importante é: será que o N1 é um sinal de que logo mais a Nokia lançará um smartphone? É provável que não. Na semana passada, o CEO da companhia Rajeev Suri explicou que o retorno ao mercado de celulares é possível, mas só se outra empresa desenvolver o produto e, mediante um acordo de licenciamento, inserir a marca da Nokia no dispositivo. É algo que, até certo ponto, está sendo feito com o N1.
De qualquer forma, muita gente se mantém esperançosa na possibilidade de Suri estar apenas tentando desviar as atenções – segundo o contrato fechado com a Microsoft, a Nokia “clássica” estará livre para produzir smartphones a partir de 2016.