OpenAI, criadora do ChatGPT, pede regulamentação para inteligências artificiais
Empresa que desenvolveu o ChatGPT e tecnologia usada pela Microsoft no Bing diz que regulamentação prevenirá que inteligências artificiais “destruam a humanidade”
Empresa que desenvolveu o ChatGPT e tecnologia usada pela Microsoft no Bing diz que regulamentação prevenirá que inteligências artificiais “destruam a humanidade”
A OpenAI, empresa responsável pelo desenvolvimento do ChatGPT e da tecnologia GPT, pediu pela regulamentação internacional de inteligências artificiais “superinteligentes”. Para os fundadores da empresa, as IAs necessitam de um órgão regulador respeitado à nível da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A proposta da OpenAI é diferente da carta que pedia a suspensão das pesquisas com inteligências artificiais.
Ao contrário da carta pela interrupção do desenvolvimento das tecnologias de IAs, a liderança da OpenAI quer que as inteligências artificiais continuem evoluindo enquanto os governos trabalham pela criação de um órgão regulador. A empresa quer que esse órgão proteja a humanidade de criar uma tecnologia que pode destruí-la — mas não necessariamente no estilo Exterminador do Futuro.
A publicação no site da OpenAI, pedindo pela regulamentação rígida das inteligências artificiais, é assinada por Sam Altman, Greg Brockman e Ilya Sutskever, todos com cargos de direção na empresa.
Os três líderes da OpenAI afirmam que, enquanto esse órgão internacional não é criado, as empresas que estão desenvolvendo inteligências artificiais precisam trabalhar em conjunto. Essa cooperação visa manter a segurança e integração das IAs com a sociedade. A carte sugere também que esse “trabalho em equipe” pode determinar uma “taxa de evolução” das tecnologias enquanto os governos preparam a criação do órgão.
Pela comparação com a AIEA, uma agência internacional fiscalizadora de IAs, como sugerem os diretores da empresa, seria ligada a alguma divisão da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, a AIEA é um órgão autônomo da ONU, mais próximo da Assembleia Geral e Conselho de Segurança — visitando em algumas ocasiões a usina nuclear de Zaporizhzhia, no front da Guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Os riscos para a humanidade, motivo citado pela OpenAI para a criação de um órgão regulador, não se restringem a um cenário de “Exterminador do Futurou” ou IAs escravizando humanos. Na verdade, a empresa nem chega a comentar como seria esse cenário.
A “destruição da humanidade” também pode ser visualizado em um cenário de colapso social. Com IAs assumindo o trabalho de milhares de pessoas, a população desempregada pode entrar em situação de pobreza, levando a riscos sociais, existenciais e de segurança para nações não preparadas para lidar com o avanço da tecnologia. O que é o caso de todos os países da atualidade.
Com informações: The Guardian