Cofundador da Oculus deixa o Facebook em meio a controvérsias
Palmer Luckey é cofundador da Oculus, empresa de realidade virtual que foi adquirida pelo Facebook em 2014. Ele era um representante da nascente indústria de VR, mas se envolveu em algumas controvérsias e ficou sumido nos últimos meses. Agora, ele deixou a empresa.
Luckey, 24 anos, era o principal rosto da empresa desde o primeiro protótipo público do Oculus Rift em 2012, que começou como uma campanha de Kickstarter. Anos depois, a empresa dele foi comprada pelo Facebook por US$ 2 bilhões, tornando-o bastante rico – seu patrimônio líquido é de US$ 730 milhões, segundo a Forbes.
Sua presença pública foi subitamente reduzida em setembro, quando ele admitiu financiar um grupo de trollagem em apoio a Donald Trump. Após a reação negativa da comunidade VR, ele pediu desculpas e sumiu. Luckey sequer apareceu na conferência anual Oculus Connect.
Ele só reapareceu em janeiro, em um julgamento, no qual a Zenimax Media acusou a Oculus de se apropriar indevidamente de segredos comerciais. O processo alega que a empresa usou tecnologia criada por John Carmack, ex-funcionário da ZeniMax que hoje trabalha como diretor técnico da Oculus. O Facebook foi condenado a pagar US$ 300 milhões, e recorreu da decisão; por sua vez, Luckey terá que pagar US$ 50 milhões.
A saída de Luckey ocorre pouco após o primeiro aniversário do lançamento do Oculus Rift. O headset vendeu cerca de 240 mil unidades no ano passado, contra 420 mil do HTC Vive e 750 mil do PlayStation VR, segundo a consultoria SuperData.
Em comunicado, o Facebook diz:
Palmer fará falta. O legado dele se estende muito além da Oculus. Seu espírito criativo ajudou a iniciar a revolução da VR moderna, e ajudou a criar uma indústria. Estamos gratos por tudo o que ele fez pela Oculus e pela realidade virtual, e desejamos tudo de melhor a ele.
Com informações: Ars Technica, The Verge.