Testamos o modo de realidade aumentada do Google Maps no Brasil
Função está em testes e é liberada apenas para alguns usuários classificados como Guias Locais
Função está em testes e é liberada apenas para alguns usuários classificados como Guias Locais
Sem alarde ou nota oficial, o Google Maps começou a testar a função de realidade aumentada para traçado no aplicativo e que é feito a pé. Ainda sem raposa pulando pela tela, a novidade foi apresentada durante o Google I/O do ano passado e exibe alertas para onde a pessoa deve ir, com ajuda da câmera do smartphone.
Este modo de navegação do Maps foi apresentado ao público em 2018, durante a conferência anual da empresa para desenvolvedores, o Google I/O. A ideia é de utilizar a câmera de smartphones para trabalhar em realidade aumentada e exibir na tela as instruções sobre a direção que o usuário precisa seguir.
No começo deste mês a empresa começou a liberar o recurso, ainda em fase de testes iniciais, para os Guias Locais que estão ao menos no nível 5, mas sem incluir o Brasil na lista. Neste final de semana encontrei o recurso funcionando por aqui, ao menos foi o que aconteceu em São Paulo.
Para funcionar, você precisa traçar uma rota e escolher a opção de ir caminhando. Um novo botão aparece na parte inferior da tela, chamado “Iniciar RA”. Fiz um teste em um curto trajeto e o sistema funcionou como deveria, mas mostrou que ainda leva algum tempo para entender os prédios e placas.
Para saber onde você está o app utiliza o GPS e as ferramentas de posicionamento, mas também tira proveito de imagens do Street View para comparar com o que vê pela câmera do celular, para saber em qual direção você apontou o aparelho. Com base nestas informações, algumas setas aparecem no display e marcam a rota correta.
É possível continuar usando a navegação neste modo, mas o Maps pede que o smartphone seja baixado para que a pessoa continue prestando atenção na calçada e na rua – ele desliga as setas e alertas, forçando a atenção do usuário para onde deve.
Ao final, uma seta aponta o local de destino e respeita até mesmo o lado da rua que ele está. Durante o uso o aplicativo levou alguns segundos para identificar a localização com base em imagens – eu estava utilizando conexão 4G, mas com bom sinal. Em uma esquina ele simplesmente não entendeu nada, mas ainda assim exibia o mapa (sem RA) e era possível continuar andando.
Como o foco é para dar dicas em poucos momentos da caminhada, se você baixa o celular, o modo de realidade aumentada é desligado e isso economiza energia – a tela fica escura, o que ajuda ainda mais. É só levantar o celular novamente e a câmera é aberta, com mais uma análise das imagens para continuar o trajeto.
Durante todo o uso o aplicativo mostra que está em fase alfa, que é ainda antes dos testes beta. Erros são comuns e sempre no final do percurso o feedback é solicitado, para dizer ao Google se a experiência foi positiva.
Perguntei ao Google do Brasil se existe alguma novidade sobre este modo de uso do Google Maps e a resposta que recebi foi que “O Google trabalha constantemente com o intuito de trazer novidades que possam auxiliar na vida dos usuários. Estamos sempre testando novas funcionalidades”. Não explicou muita coisa, mas também não negou.