Receita da Claro aumenta 6,7% após compra da Oi Móvel

Claro divulga balanço financeiro do 3º trimestre; com clientes da Oi Móvel, operadora vê número de clientes móveis saltar 25,2%

Lucas Braga
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Logo da Claro ao lado de pessoa utilizando óculos de realidade virtual

A Claro Participações divulgou os resultados financeiros para o 3º trimestre de 2022. A companhia registrou salto de 9,9% na receita líquida, número impulsionado principalmente pelo faturamento com serviços móveis após a incorporação da Oi Móvel. O segmento fixo teve queda no número de clientes, mas a operadora investe na expansão da rede de fibra óptica.

Claro — Resultados financeiros do 3º trimestre de 2022

Confira os principais resultados financeiros da Claro Brasil no 3º trimestre de 2022 e o comparativo com o mesmo período do ano anterior:

Indicador2º trimestre/20222º trimestre/2021Diferença
Receita líquida totalR$ 10,85 bilhõesR$ 9,87 bilhões+ 6,7%
Receita de serviços móveisR$ 5,38 bilhõesR$ 4,32 bilhões+ 22,9%
Receita de serviços fixosR$ 4,95 bilhõesR$ 5,107 bilhões– 2,9%
EBITDA
(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)
R$ 4,43 bilhõesR$ 4,07 bilhões+ 6%

Por não ser uma companhia com capital aberto no Brasil, a Claro não divulga o indicador de lucro líquido. A margem EBITDA para o período foi de 40,9%, queda de 0,3 ponto percentual no comparativo anual.

Móvel cresce 25,2% em linhas com incorporação da Oi

O serviço de telefonia celular foi o mais importante para o balanço da Claro no 3º trimestre: o faturamento do segmento superou a receita com produtos fixos, atingindo a marca de R$ 5,38 bilhões.

A Claro encerrou o trimestre com 86,6 milhões de clientes móveis, alta de 25,2%. A base de clientes com planos pós-pagos, que geram maior receita mensal, saltou 21,5%.

Esse bom resultado ocorreu após a incorporação da Oi Móvel. A Claro ficou responsável por 11,7 milhões de linhas em 27 DDDs, e isso contribuiu para o aumento de clientes. A operadora afirma ter iniciado a migração massiva dos clientes, e 1 milhão de clientes já passaram a ser atendidos integralmente pela Claro.

O trimestre foi marcado pela chegada do 5G no Brasil. Todas as capitais já possuem sinal puro da quinta geração, mas a cobertura ainda é incipiente e restrita a poucos bairros. De acordo com a Claro, 3,1 milhões de seus clientes já possuem smartphones compatíveis com 5G, mas somente 1,6 milhões utilizaram a rede até agosto de 2022.

Claro teve queda no fixo, mas amplia fibra óptica

A Claro conseguiu crescer no móvel, mas não dá pra dizer o mesmo do segmento fixo. A receita de serviços dessa categoria foi de R$ 4,95 bilhões, queda de 2,9% no comparativo anual.

A operadora é líder de banda larga fixa no país, e responde por 22,4% de todo o mercado, com queda de 2,5 pontos percentuais. Apesar das desconexões, a Claro afirma ter capturado cerca de 944 mil clientes ao longo dos últimos doze meses.

Comparando todo o mercado, a Claro lidera o número de clientes com velocidades a partir de 500 Mb/s, com 38,6% de participação. Ao longo dos últimos doze meses, a tele adicionou 1,5 milhão de clientes que contrataram os planos ultrarrápidos.

A rede fixa da Claro está presente em 440 cidades. O serviço por fibra óptica está disponível para 4,3 milhões de domicílios em 237 cidades, das quais 23 foram lançadas ao longo do trimestre. A maioria dos clientes é atendido por tecnologia de cabo coaxial, mas a operadora tem feito sobreposição para FTTH em alguns locais.

A operadora também é líder no mercado de TV por assinatura, e responde por 42,1% de participação. No entanto, esse serviço está em constante queda: de acordo com os dados da Anatel, a Claro perdeu 879 mil contratos entre agosto de 2021 a agosto de 2022.

Para não perder tanta receita, a Claro tem investido no seu serviço de TV por internet, o Claro TV+. Além de vender uma versão que utiliza uma TV Box, a operadora também lançou apps para smart TVs; a mensalidade custa a partir de R$ 59,90 e a grade de programação inclui mais de 100 canais.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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