Rio de Janeiro identificou 8 mil pessoas com reconhecimento facial no Carnaval
O número foi atingido com uma base de 3 milhões de pessoas que passaram pelo Rio de Janeiro e levou a 10 prisões
O número foi atingido com uma base de 3 milhões de pessoas que passaram pelo Rio de Janeiro e levou a 10 prisões
O sistema de reconhecimento facial usado na cidade do Rio de Janeiro durante o Carnaval identificou 8 mil pessoas foragidas, suspeitas ou desaparecidas. A informação foi divulgada pelo diretor de engenharia da Oi, André Ituassu, em evento da Huawei realizado na quinta-feira (9).
A Oi e a Huawei são as empresas responsáveis por implantar o sistema na cidade. O grupo de pessoas identificadas foi alcançado, segundo o executivo, em uma base de 3 milhões de rostos verificados no período do Carnaval.
De acordo com o Teletime, o porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Mauro Fliess, afirma que a partir das 8 mil pessoas identificadas, foram realizadas 10 prisões. Agora, governo e secretaria de segurança do Rio discutem com a Oi a possibilidade de estender o piloto por mais alguns meses.
Há, no entanto, questões em aberto, como as despesas do sistema, que não trouxe custos à Prefeitura durante as festividades. A cidade também deseja saber quantas câmeras continuariam disponíveis. No Carnaval, foram três dezenas identificando rostos e placas de carros.
No fim de março, o governador Wilson Witzel (PSC-RJ) anunciou que o número de câmeras subiria de 34 para 140 até julho. Segundo ele, o período de testes foi um sucesso e a próxima etapa incluiria câmeras em pontos como o aeroporto Santos Dumont e o estádio do Maracanã.
O programa prevê o envio em tempo real de imagens captadas pelas câmeras até uma área instalada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). As imagens são, então, comparadas com os arquivos da Polícia Civil e do Detran.
A iniciativa do governo do Rio é polêmica. Ao mesmo tempo em que é oferecida como uma saída para combater a violência na cidade, ela gera discussões por conta de uma possível violação da privacidade das pessoas que têm seus rostos verificados.