Samsung deve lançar mais dois celulares dobráveis (mas tem que resolver uns perrengues antes)

Galaxy Fold é o primeiro de vários formatos dobráveis que podem surgir em breve

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 mês
Samsung Galaxy Fold

O Galaxy Fold deverá ser apenas o primeiro de vários celulares dobráveis que a Samsung planeja lançar no mercado. Até o início de 2020, a empresa pode revelar dois formatos diferentes: um modelo que dobra para fora, como o Huawei Mate X, além de um que dobra na vertical. Mas os coreanos precisam resolver alguns problemas até lá.

Com lançamento marcado para abril, o Galaxy Fold tem duas telas: uma de 4,6 polegadas que fica do lado de fora e outra interna, de 7,3 polegadas, para usar o celular como um tablet. Segundo a Bloomberg, um dos novos protótipos é equipado com uma única tela externa que dobra como a capa de um livro. Como ele não possui um display extra, seria mais fino que o Galaxy Fold, que tem 17 mm de espessura quando dobrado.

Já o outro smartphone flexível da Samsung dobra na vertical, lembrando os antigos celulares flip (e o aparelho dobrável registrado pela Motorola). O protótipo atual tem uma tela externa, de acordo com o veiculo, mas ela poderá ser removida até a versão final do produto dependendo da aceitação dos consumidores pelo Galaxy Fold.

O detalhe não muito legal do Galaxy Fold

Samsung Galaxy Fold

Enquanto a Samsung desenvolve novos formatos de celulares dobráveis, ela tem outros problemas para resolver, inclusive no próprio Galaxy Fold, que ainda nem chegou ao mercado. Oficialmente, a empresa afirma somente que a dobradiça do aparelho foi criada para suportar 200 mil usos, ou seja, sobrevive mais de cinco anos se você dobrar o aparelho 100 vezes por dia.

Mas a Bloomberg revela que a Samsung trabalha para eliminar um vinco que aparece na tela após ter sido dobrada cerca de 10 mil vezes — um problema que eu havia notado ao mexer no Royole FlexPai. A falha surge em uma película colada embaixo do display, que protege o sensor de toque. Para evitar usuários insatisfeitos, a Samsung estaria cogitando oferecer trocas de tela gratuitas após o lançamento oficial do Galaxy Fold.

Esse detalhe seria o motivo pelo qual ninguém conseguiu botar as mãos no Galaxy Fold. No evento em San Francisco, o aparelho dobrável nem sequer estava disponível na área de experimentação. Já na feira Mobile World Congress, em Barcelona, ele estava sendo exposto em uma redoma de vidro. Mas a Samsung diz que demonstrou o produto dessa forma porque queria focar as atenções no Galaxy S10.

Mesmo resolvendo os problemas, os celulares dobráveis deverão ser bem nichados por enquanto: a previsão da Samsung é vender mais de 1 milhão de aparelhos desse tipo até o final de 2019, enquanto cerca de 40 milhões de Galaxy S10 devem ir para as mãos dos consumidores no primeiro ano.

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Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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