Senhas salvas no celular facilitam roubo via apps de banco, diz Febraban

Senhas de aplicativos financeiros jamais devem ser compartilhadas via e-mail ou WhatsApp ou anotadas dentro do dispositivo, recomenda a Febraban

Pedro Knoth
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Smartphone não é monitorado com recurso de encaminhamento de ligações (Imagem: Yura Fresh/ Unspalsh)
Febraban alerta usuários a não salvarem senhas dentro de celulares (Imagem: Yura Fresh/ Unspalsh)

Os golpes de quadrilhas que roubam celulares e acessam contas bancárias das vítimas já motivou o Procon-SP a notificar bancos, fintechs e associações bancárias; e as fabricantes de celular Apple, Samsung e Motorola. Agora, a Febraban – Federação Brasileira de Bancos – avisa que a maior parte dos criminosos usa informações salvas em aparelhos, como senhas, e dá dicas de como prevenir armadilhas financeiras de criminosos.

Segundo Febraban, não há falhas de segurança em apps

A Febraban diz que não há falhas de segurança nos aplicativos de bancos e que os dados de uso não ficam armazenados nas plataformas. Segundo a associação, os apps das instituições financeiras contam com “o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização”.

A associação ressalta que não houve, por enquanto, episódios de violação de segurança de nenhum aplicativo usado por bancos, que exigem de clientes uma senha pessoal para serem acessados. De acordo com a Febraban, os softwares contam com “o que existe de mais moderno no mundo” em relação à proteção de conta bancária.

Órgãos e instituições de segurança vêm alertando para falhas de segurança que criminosos usam para acessar informações financeiras, como o próprio roubo de celular. A Polícia Civil de Santa Catarina alertou na semana passada sobre golpes do Pix agendado: o criminoso usa uma transferência falsa e manda mensagem ao número da vítima pedindo o dinheiro de volta.

A senha para acessar apps bancários não deve ser repetida

A Febraban ressalta que muitos dos roubos que ocorrem em espaços públicos, enquanto as pessoas usam seus aparelhos. “Dessa forma, os criminosos têm acesso ao celular já desbloqueado e, a partir daí, realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites”, completa a federação de bancos.

Se proteger desses golpes passa por adotar alguns cuidados, principalmente ao salvar informações de login nos apps usados para fazer transações financeiras. Para começar, é sempre bom usar senhas para desbloquear esse tipo de plataforma; e não deixar que navegadores como Chrome e Safari lembrem dessa senha.

A Febraban recomenda não anotar as senhas em blocos de notas, tampouco enviá-las por e-mail ou WhatsApp. Não é aconselhável repetir a senha usada para acessar o app do banco em outros serviços.

No caso de roubo de celular, o cliente deve notificar imediatamente o banco para que providências sejam tomadas. A pessoa também deve avisar a operadora de celular, para que a linha seja bloqueada, e fazer um B.O junto à polícia.

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Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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