SpaceX lança satélites com lasers para melhorar internet Starlink
Equipamentos da Starlink lançados pela SpaceX podem se conectar com outros satélites e dispensam estações terrestres
Equipamentos da Starlink lançados pela SpaceX podem se conectar com outros satélites e dispensam estações terrestres
A SpaceX anunciou o lançamento de 10 satélites com laser para melhorar a rede da Starlink nas regiões polares. Os equipamentos podem se conectar aos demais satélites da empresa e, assim, dispensar a necessidade de estações terrestres nos polos. Eles foram lançados com o foguete Falcon 9 em uma operação com mais 133 satélites de outras empresas.
No Twitter, Elon Musk afirmou que este modelo se tornará o padrão da empresa em 2022. Porém, neste momento, somente satélites nas regiões polares contam com lasers. “Todos os satélites lançados no próximo ano terão links de laser. Apenas nossos satélites polares têm laser este ano e são v0.9”, afirmou o CEO da SpaceX.
O lançamento dos satélites acontece após a FCC (Comissão Federal de Comunicações), equivalente americana da Anatel, autorizar a empresa a manter os equipamentos a uma altitude de 560 km. Inicialmente, a permissão era de operar a altitudes entre 1.100 km e 1.325 km. Com a redução, a SpaceX poderá diminuir a latência em suas conexões.
Em pedido à FCC em abril de 2020, a empresa de Musk afirmou que os satélites polares servem para uso pessoal e governamental em áreas de difícil alcance. A empresa indicou ainda o objetivo de garantir que todos os seus satélites ofereçam os mesmos serviços com baixa latência, incluindo em locais como o Alasca, que usam satélites em órbitas polares.
Em novembro de 2020, a SpaceX pediu autorização para lançar 348 satélites em regiões polares. A FCC permitiu apenas 10 satélites e explicou que analisa questões apontadas por empresas como a Amazon, que deseja disputar com a Starlink por meio do Projeto Kuiper. As concorrentes alegaram que os novos satélites poderiam interferir em seus serviços.
“Entendemos que a concessão parcial de 10 satélites facilitará desenvolvimento e testes contínuos do serviço de banda larga da SpaceX em áreas geográficas de alta latitude no prazo imediato, pendente de ação posterior para abordar os argumentos nos registros quanto à concessão de modificação como um todo e o subconjunto total de satélites de órbita polar”, afirmou a FCC.
A SpaceX tem permissão para operar cerca de 1.600 e pretende chegar à marca de 4.400 unidades. Segundo a empresa, com mais satélites, será possível oferecer conexões mais estáveis e mais rápidas. Em documento apresentado à FCC, a companhia afirmou que, a longo prazo, planeja aumentar a velocidade média dos atuais 100 Mb/s para 10 Gb/s.
Com informações: Ars Technica.