Telegram levanta US$ 1 bi em emissão de títulos e planeja monetização

Rodada de financiamento inclui investimento de US$ 150 milhões dos fundos de Abu Dhabi; Telegram tinha dívida de US$ 700 milhões

Ana Marques
• Atualizado há 3 anos
Telegram no iPhone (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Telegram no iPhone (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Após anunciar uma dívida de US$ 700 milhões para abril, o Telegram afirma ter arrecadado mais de US$ 1 bilhão com a venda de títulos para vários investidores. Segundo Pavel Durov, o fundador do aplicativo, a empresa também obteve um investimento de US$ 150 milhões vindo do fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Investment, e da Abu Dhabi Catalyst Partners.

Foram US$ 75 milhões de investimento pelo Mubadala e US$ 75 milhões pela Abu Dhabi Catalyst Partners investiu outros US$ 75 milhões. De acordo com Faris Sohail Faris al-Mazrui, executivo do Mubadala, “a base de usuários do Telegram atingiu uma massa crítica que o coloca entre os gigantes globais da tecnologia”.

O mensageiro ficou em destaque, junto ao Signal, após as polêmicas envolvendo privacidade no WhatsApp, o seu maior rival. Em janeiro, o app ultrapassou 500 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo. No Brasil, o Telegram já está presente em 45% dos celulares. A alta demanda também gerou muitos gastos com infraestrutura, o que deixou o aplicativo em uma situação financeiro delicada por algum tempo.

Durov não entrou em detalhes sobre os demais investidores, mas afirmou que entre eles estavam “alguns dos maiores e mais experientes investidores do mundo”. O Telegram já tem sede nos Emirados Árabes Unidos, e pretende abrir um novo escritório em Abu Dhabi após o novo investimento.

Telegram segue firme com planos de monetização

No fim de 2020, Pavel Durov anunciou os planos para incluir anúncios em canais públicos, com o objetivo de arrecadar fundos para custear servidores e demais gastos com tráfego. Durov também cogitou o lançamento de stickers pagos, com recursos adicionais.

O empreendedor russo aproveitou o anúncio sobre a arrecadação dos fundos para reforçar sua estratégia de monetização – segundo ele, o valor também será usado para ajudar nos planos de expansão do Telegram, o que inclui o desenvolvimento de recursos para monetizar o app.

Com informações: Reuters

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.