Telegram recebeu ataque DDoS da China contra protestos, diz fundador
China tenta suprimir aplicativos usados para organizar protestos em Hong Kong; Telegram ficou instável no Brasil
China tenta suprimir aplicativos usados para organizar protestos em Hong Kong; Telegram ficou instável no Brasil
O Telegram sofreu um ataque DDoS na quarta-feira (12) que causou instabilidade no serviço para usuários nas Américas, especialmente no Brasil. Segundo o fundador e CEO Pavel Durov, isso não teve nada a ver com o vazamento de mensagens do ministro Sérgio Moro e da Lava-Jato: na verdade, foi a China tentando suprimir aplicativos usados para organizar protestos em Hong Kong.
No Twitter, Durov diz que o ataque teve como fonte “endereços IP provenientes principalmente da China”. Ele explica que “historicamente, todo DDoS que tivemos com o tamanho de atores patrocinados por uma nação (200 a 400 Gb/s de lixo) coincidiram com protestos em Hong Kong (coordenados no @telegram). Este caso não foi exceção”.
De acordo com a Bloomberg, aplicativos de mensagens como Telegram e Firechat estão entre os mais baixados na App Store de Hong Kong. Manifestantes estão usando os apps para organizar protestos contra um projeto de lei que reduziria a independência do país em relação à China.
O projeto permite extraditar suspeitos de cometer crimes para a China quando for considerado necessário. Críticos acreditam que isso abrirá uma brecha para deportar dissidentes do Partido Comunista Chinês. Esta semana, mais de um milhão de pessoas — 1/7 da população de Hong Kong — foram às ruas protestar contra a medida.
Em 2015, o Telegram sofreu um ataque DDoS semelhante. Na época, a China prendeu mais de 100 pessoas, incluindo diversos advogados de defesa de direitos humanos, que se comunicavam através de apps criptografados de chat. Um advogado teve que confessar na TV, em rede nacional, que usou o Telegram para esconder mensagens da vigilância estatal.
Protesters clash with police in Hong Kong#tictocnews’ @JosieWonghk breaks it down for us pic.twitter.com/Nv7OukC4ko
— Bloomberg Originals (@bbgoriginals) June 12, 2019
Com informações: TechCrunch, Mashable.
{{ excerpt | truncatewords: 55 }}
{% endif %}