TIM lucra R$ 164 milhões ao crescer no pós-pago e internet fixa
TIM tem crescimento na receita e chega a 500 mil clientes no pós-pago TIM Black Família, mas sente efeitos negativos da pandemia
TIM tem crescimento na receita e chega a 500 mil clientes no pós-pago TIM Black Família, mas sente efeitos negativos da pandemia
A TIM Participações divulgou os resultados financeiros do 1º trimestre de 2020: a operadora registrou aumento de 8,3% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado; ela teve aumento na receita líquida e expandiu a base de clientes na banda larga fixa TIM Live e em linhas do pós-pago. No entanto, a empresa sofreu queda nas recargas do pré-pago.
Veja os destaques financeiros e o comparativo com o mesmo período do ano anterior:
Indicador | 1º trimestre de 2020 | 1º trimestre de 2019 | Variação |
Lucro líquido normalizado | R$ 164 milhões | R$ 152 milhões | +8,3% |
EBITDA normalizado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) | R$ 1,926 bilhão | R$ 1,784 bilhão | +8% |
Margem EBITDA normalizada | 45,7% | 42,6% | +3,1 p.p. |
Receita líquida | R$ 4,215 bilhões | R$ 4,191 bilhões | +0,7% |
Custo normalizado de operação | R$ 2,289 bilhões | R$ 2,406 bilhões | -0,6% |
Capex (investimentos) | R$ 904 milhões | R$ 650 milhões | +39,1% |
O serviço móvel responde por R$ 3,8 bilhões na receita da TIM, com crescimento de 1,2%. A operadora registrou déficit de 4,1% na base total de clientes: a queda está relacionada ao desligamento de linhas pré-pagas (-9,7%), que é um movimento natural do mercado de telefonia pelo fim do efeito clube.
O pós-pago, que é mais rentável, teve alta de 5,3% no ano. A TIM comemora a marca de 500 mil clientes nos planos TIM Black Família. Com o crescimento de linhas pós-pagas, a operadora conseguiu elevar o ARPU móvel (gasto médio por usuário) em 4,8%, atingindo a marca de R$ 23,90.
No total, a TIM terminou o trimestre com 52,8 milhões de clientes móveis, dos quais 31,1 milhões utilizam plano pré-pago e 21,6 milhões estão no pós-pago.
A banda larga fixa TIM Live ainda é tímida no balanço: dos R$ 251 milhões de receita com serviços fixos, apenas R$ 144 milhões correspondem à internet cabeada da operadora.
A rede do TIM Live está presente em 27 cidades, atingindo 2,5 milhões de domicílios com tecnologia FTTH (fibra óptica até o cliente) e 3,6 milhões de casas com banda larga via cobre. A empresa registrou crescimento de 29,1% na receita do serviço e terminou o trimestre com 584 mil clientes (+20,2% no ano).
A fibra ainda é a tecnologia menos utilizada pela companhia, com 35,2% dos acessos conectados via FTTH. Apenas 32% da base possui velocidades acima de 100 Mb/s, enquanto 68% se concentram nos planos de menor velocidade.
A operadora também se prepara para o lançamento do serviço nos municípios de Contagem e Betim, ambos pertencentes à região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Recentemente, a TIM lançou um novo plano de 200 Mb/s, com velocidade em dobro durante um ano.
A TIM já registra efeitos colaterais da pandemia de coronavírus (COVID-19). Ainda que o isolamento social no Brasil tenha começado na segunda quinzena de março, a TIM observou redução no número de clientes que fizeram recarga por conta do fechamento dos canais físicos. A queda foi de aproximadamente 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse impacto foi minimizado pelo fato de que o pós-pago representa 63% da receita móvel da TIM.
Mesmo com alguns números negativos, a operadora comemora que as recargas em canais digitais subiram 35% se comparadas com o ano anterior. Ela espera que esse comportamento se estenda para o cenário pós-pandemia, já que o comissionamento dos canais digitais chegam a ser 3 vezes menor que nos pontos físicos.
Além disso, houve aumento de 19% no número de usuários únicos do app Meu TIM. Na parte de rede, a operadora identificou aumento de 6% no uso de dados móveis, 25% no uso de dados na rede fixa e aumento de 15% no tráfego de voz móvel.
A TIM afirma que 100% das lojas próprias estão fechadas desde 31 de março, e que tem reforçado a cobertura em áreas residenciais, hospitalares e demais instituições de saúde. A empresa também colocou o call center próprio em regime de home-office, além de todos os funcionários cujo serviço possa ser feito de forma remota.
Com informações: TIM Brasil.