TIM vai arrecadar até R$ 5,75 bi para construir 5G e expandir rede atual
Ministério das Comunicações autoriza emissão de debêntures incentivadas da TIM; valor servirá para ampliar e modernizar redes
Ministério das Comunicações autoriza emissão de debêntures incentivadas da TIM; valor servirá para ampliar e modernizar redes
A TIM recebeu autorização do Ministério das Comunicações para emitir até R$ 5,75 bilhões em títulos de dívidas (debêntures). O dinheiro arrecadado servirá para expandir e modernizar a infraestrutura de telecomunicações da operadora, incluindo redes de acesso e tecnologia 5G.
De acordo com a portaria assinada pelo ministro Fábio Faria, a TIM ficará responsável por implantar, ampliar, manter, recuperar, adequar e/ou modernizar as redes de transporte, de acesso fixo ou móvel, datacenters, comunicação máquina a máquina, rede 5G ou superior e virtualização de redes.
Com o valor arrecadado, a operadora espera melhorar a qualidade e disponibilidade dos serviços oferecidos, e reforça a intenção em adotar novas tecnologias como o 5G. A portaria do Ministério das Comunicações tem validade de cinco anos.
Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas do setor privado. O valor arrecadado é utilizado para que uma determinada companhia faça algum tipo de investimento ou reforce o caixa. No caso, a TIM venderá uma dívida na qual a própria tele é a devedora, de forma similar ao que acontece com títulos públicos como o Tesouro Direto.
A TIM recebeu a autorização para emitir debêntures incentivadas, e nesse tipo de título não há incidência de Imposto de Renda. É algo diferente da estratégia da Oi, que planeja captar R$ 2,5 bilhões em debêntures conversíveis – nesse modelo, os compradores dos títulos podem trocar as dívidas por ações da própria empresa.
Captar recursos por meio de debêntures é uma forma inteligente para que a TIM coloque em prática seu plano de chegar com a tecnologia 4G em todos os municípios brasileiros até dezembro de 2022.
A rede LTE da TIM já chega a mais de 4 mil cidades, mas ainda há um longo caminho até cobrir todos os 5.570 municípios brasileiros. Para chegar a mais localidades e atender estradas, a operadora aposta em antenas off-grid, com energia solar e conexão via satélite.
Além da intenção de expandir a rede 4G, a TIM tem outro compromisso financeiro relevante e deverá pagar R$ 7,3 bilhões por sua fatia da Oi Móvel, caso a compra seja aprovada pela Anatel e Cade. A operadora italiana receberá 14,5 milhões de clientes, 49 MHz de capacidade de espectro e mais 7,2 mil sites de acesso móvel, incluindo antenas e equipamentos.