Trem e metrô de SP começam a migrar para bilhete em QR Code

Com adoção completa do bilhete com QR Code, venda em bilheteria pode ser substituída por máquinas de atendimento automático

André Fogaça
• Atualizado há 3 anos
Catraca com validador de QR Code (imagem: divulgação/Metrô de São Paulo)
Catraca com validador de QR Code (imagem: divulgação/Metrô de São Paulo)

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (26) que uma pequena parte das estações da CPTM e Metrô da região metropolitana de São Paulo venderá apenas passagens com QR Code, avançando no plano para deixar de lado os antigos bilhetes magnéticos e unificando ainda mais as duas empresas.

Faz algum tempo que as linhas da CPTM e Metrô foram visualmente unificadas para um sistema praticamente único de transporte ferroviário na região metropolitana de São Paulo. Mesmo assim, a cobrança e utilização de bilhetes nunca foi integrado (para além do Bilhete Único) e um usuário que compra a passagem na bilheteria de uma estação de uma empresa, nunca pode acessar a catraca de outra.

Um novo sistema de bilhetes com QR Code foi criado em 2019 para resolver este dilema e a partir desta semana, 16 das 183 estações de todo o mapa ferroviário da região passarão a vender exclusivamente as passagens impressas na hora.

“O Bilhete Digital QR Code surgiu com o propósito de aliar inovação e comodidade para o público que utiliza o transporte metropolitano sobre trilhos de São Paulo. Todas as ações foram desenhadas de forma estratégica, testadas e agora seguimos para uma implementação total no sistema”, comenta o Secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy.

Bilhetes com QR Code podem ser comprados em todas as estações

O valor do bilhete com QR Code é exatamente o mesmo da versão em papel com fita magnética, R$ 4,40 e cada pessoa pode comprar até quatro deles de uma só vez. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo afirma que assim como a passagem antiga, o novo modelo de acesso não tem validade após a impressão em papel, mas é recomendado o uso em até 72 horas para que os dados continuem legíveis para a catraca.

Bilhete Digital QR Code (Imagem: reprodução)

Bilhete Digital QR Code (Imagem: reprodução)

Além de uma versão física, o usuário do sistema de transporte ferroviário também pode utilizar um aplicativo para Android e iPhone, chamado TOP. Nele é possível comprar até 10 unidades e o pagamento é feito com cartão de débito ou crédito. Para evitar problemas com falha na conexão com a internet, é possível baixar o código gerado para uso offline a qualquer momento.

Nas estações é possível comprar o novo bilhete com QR Code nas bilheterias com funcionários, ou então em máquinas de atendimento automático. O ponto de venda pessoal continua aceitando apenas dinheiro em espécie, enquanto o automatizado permite o pagamento com cartão de débito.

Todas as estações 183 do Metrô e CPTM contam com as máquinas de atendimento para compra e impressão do bilhete com QR Code, além de utilizarem o leitor responsável pela liberação da catraca. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo afirma que as passagens em papel com fita magnética continuarão sendo aceitas por tempo indeterminado.

Procurada pelo Tecnoblog, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo diz que a venda de bilhetes impressos com QR Code será feita com pessoal contratado até certo momento, quando a comercialização deve ser completamente substituída por máquinas de atendimento automático. Não há prazo para essa mudança.

Leia | O que é QR Code?

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.