Trem maglev semelhante ao Hyperloop promete atingir até 1.000 km/h

Felipe Ventura
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• Atualizado há 3 meses

No conceito original do Hyperloop, Elon Musk imaginava pods que viajam em tubos de metal a até 1.200 km/h usando levitação magnética. Uma equipe de pesquisadores na China está preparando algo semelhante.

Pesquisadores da Universidade de Jiaotong criaram uma plataforma de testes para um trem maglev que poderá viajar a até 1.000 km/h em condições ideais.

O projeto é liderado por Deng Zigang, e incorpora duas tecnologias: a levitação magnética, para eliminar o atrito dos trilhos; e um tubo em condições próximas a vácuo para remover o atrito do ar.

A pista circular tem 45 metros de extensão, e pode levitar o trem a mais de 20 mm. Ele tem capacidade de carga projetada de 300 kg, e carga máxima de 1.000 kg — o principal destaque do projeto, segundo Zigang.

Há alguns empecilhos a serem resolvidos, no entanto. Sun Zhang, especialista em ferrovias e professor da Universidade de Tongji em Xangai, diz ao Global Times que o custo pode ser um problema, assim como a segurança.

“O trem tem que ser capaz de parar sempre que necessário. Isso pode ser alcançado ao ar livre usando resistência do ar, mas poderia ser um problema em um tubo de vácuo”, explica Zhang.

Nos EUA, algumas startups vêm tentando realizar o conceito de Elon Musk. No ano passado, a Virgin Hyperloop One atingiu um recorde de 387 km/h durante testes de seu pod em um túnel despressurizado, usando levitação magnética.

Enquanto isso, Elon Musk tem outro projeto de transporte, a ser realizado pela Boring Company. Ela vai perfurar túneis em grandes cidades para transportar carros em trenós elétricos a até 200 km/h. Ela também terá pods dedicados para pedestres.

Com informações: The Next Web.

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Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.