Twitter Blue, que dá selo de verificado, fica mais caro: R$ 60 por mês
Assinatura ganha preço mais alto para "compensar" comissão cobrada pela Apple; empresas e contas de governos terão novas formas de identificação
Assinatura ganha preço mais alto para "compensar" comissão cobrada pela Apple; empresas e contas de governos terão novas formas de identificação
Após muitos testes e algumas confusões, o Twitter Blue foi relançado nesta segunda-feira (12). O plano — que dá acesso a recursos exclusivos na rede social, como o selo azul de verificação — está mais caro caso a assinatura seja feita em um iPhone ou iPad: US$ 11 por mês nos EUA, ou R$ 59,90 no Brasil. Pela web, o preço continua o mesmo: US$ 8.
O Twitter Blue existe desde 2021, quando foi lançado custando US$ 2,99 por mês. A assinatura ganhou uma atenção especial quando Elon Musk assumiu a empresa, em novembro de 2022.
A principal novidade foi o selo de verificação, aquele azulzinho, do lado do username. Antes, ele era restrito a pessoas que trabalhavam em órgãos governamentais, na indústria do entretenimento e no jornalismo, entre outros casos. Agora, ele está disponível para todo mundo que pagar.
Isso já causou muita confusão, aliás. Quando o recurso foi liberado, ainda em fase de testes, muitas contas usaram seu novo selo para se passar por pessoas e empresas famosas.
Aí foi uma bagunça: Mario mostrando o dedo do meio em uma página que se passava pela Nintendo, um falso LeBron James anunciando sua saída do Los Angeles Lakers e muito mais.
Musk ameaçou banir quem estivesse usando o blue check dessa forma, e exigiu que contas humorísticas colocassem em seus nomes que eram uma paródia.
Agora, no relançamento, novas regras: será necessário cadastrar um número de telefone para verificação. Caso o usuário mude o nome de usuário, o nome de exibição ou a foto de perfil, o selo some e só aparece de novo após uma revisão.
Além disso, quem assina o Twitter Blue tem ferramentas como editar tweets, postar vídeos em 1080p e usar o modo de leitura. Novos recursos, como menos propaganda e prioridade nos resultados de busca e respostas, devem chegar em breve.
Com os selos azuis disponíveis para todos os assinantes, o sistema de verificação da rede social também vai mudar.
Sai de cena a indicação “Oficial”, que vinha sendo adotada para verificados antigos e empresas de mídia. Agora, companhias terão um selo dourado. Já contas “governamentais e multilaterais” passarão a receber um selo cinza.
A diferença entre os preços na web e no iOS é parte da briga de Elon Musk, dono da rede social, com a Apple.
Circularam rumores de que a fabricante do iPhone poderia remover o Twitter de sua loja, caso as regras de moderação ficassem muito permissivas. Além disso, ela diminuiu a compra de propaganda na rede.
Em novembro, Musk contra-atacou, dizendo que a empresa cobra uma “taxa secreta”, em referência aos 30% de comissão que ficam com a fabricante do iPhone nas compras em sua loja de apps.
Na verdade, a taxa não é secreta: em 2008, quando a loja foi lançada, a Apple anunciou que haveria essa comissão. Inclusive, há bastante debate em torno do tema, e empresas como Spotify, Epic Games e Telegram já criticaram a cobrança e a proibição de outros métodos de pagamento.
A solução foi aumentar o preço, como forma de “compensar” a comissão e incentivar a assinatura direta pelo site.
No Brasil, o Twitter Blue não está disponível oficialmente: só dá para assinar usando VPN para contornar o bloqueio geográfico.
Mesmo assim, seu preço na App Store da Apple aparece há algum tempo. Primeiro, ele era de R$ 25,90, subindo posteriormente para R$ 44,90. Agora, a loja exibe o valor de R$ 59,90 por mês.