Twitter recua e libera API gratuitamente para serviços públicos
Páginas de alertas meteorológicos, atualizações de transporte e notificações de emergência pararam de funcionar com limitações da API gratuita
Páginas de alertas meteorológicos, atualizações de transporte e notificações de emergência pararam de funcionar com limitações da API gratuita
Uma das muitas mudanças feitas por Elon Musk no Twitter foi cobrar pelo uso de APIs da rede social. A ideia era fazer com que empresas e heavy users pagassem pela ferramenta, mas teve uma consequência negativa: diversas contas de comunicados de utilidade pública pararam de funcionar. A empresa decidiu liberar o acesso.
O anúncio foi feito na tarde de terça-feira (2), usando a conta do Twitter dedicada a desenvolvedores.
“Um dos casos de uso mais importantes da API do Twitter sempre foi o dos serviços públicos. Serviços verificados governamentais ou de propriedade pública que tweetam alertas meteorológicos, atualizações de transporte e notificações de emergência podem usar a API gratuitamente para esses fins críticos.”
Em abril, o Twitter anunciou mudanças nos preços de acesso à API. Usuários do plano gratuito agora podem fazer apenas 1.500 publicações por mês. O pacote pago mais barato custa US$ 100 (cerca de R$ 505) por mês, e dá direito a até 3.000 tweets.
O plano empresarial é ainda mais caro, podendo custar até US$ 42 mil (mais de R$ 210 mil) por mês.
A princípio, um plano gratuito nem estava previsto. Ele foi liberado após muitas reclamações que bots “do bem”, como o que posta no Twitter toda vez que um gato entra ou sai de casa, deixariam de funcionar.
Mesmo assim, o plano básico é insuficiente para muitas páginas importantes.
Como consequência, contas como o Serviço Nacional do Clima dos EUA (NWS, na sigla em inglês) teve seus posts automáticos limitados. O Serviço de Transporte Público de Nova York (MTA) encerrou seu sistema de alertas públicos no Twitter, que funcionava com várias contas.
Grandes empresas também deixaram o Twitter de lado após o anúncio da cobrança. A Microsoft, por exemplo, parou de vender anúncios no Twitter e removeu a integração com a rede social de sua plataforma de propaganda. Elon Musk não gostou e ameaçou processar.
O app Flipboard, que cria “revistas eletrônicas” de acordo com os sites que o usuário acompanha, anunciou que sua integração com o Twitter parou de funcionar.
Outro serviço que simplesmente desistiu do Twitter é o WordPress. Na segunda-feira (1º), a empresa anunciou o fim do compartilhamento automático das publicações usando a plataforma.
A Automattic, dona do WordPress, diz que tentou negociar um preço com o Twitter, mas não teve sucesso.
Com informações: TechCrunch
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