Uber suspende contratações em meio a prejuízo recorde
A Uber informou que a medida foi adotada para garantir eficiência no recrutamento de funcionários
A Uber informou que a medida foi adotada para garantir eficiência no recrutamento de funcionários
Depois de registrar prejuízo de US$ 5,236 bilhões no segundo trimestre, a Uber congelou a contratação de funcionários nos Estados Unidos e no Canadá. A empresa cancelou entrevistas que havia marcado com alguns profissionais e afirmou a outros que suas candidaturas seriam colocadas em espera.
Segundo o Yahoo News, a decisão da Uber vale para engenheiros de software e gerentes de produto. À Bloomberg, a empresa afirmou que o congelamento ocorreu porque as duas equipes ultrapassaram as metas de contratação para o ano.
A medida não atinge as divisões de veículos autônomos e de transporte de carga. Um porta-voz da companhia afirma que as contratações seguem ocorrendo em todo o mundo, mas que algumas foram suspensas para garantir que os passsos estão sendo adequados.
“Continuamos a contratar talentos de forma agressiva, incluindo muitos engenheiros, em todo o mundo”, afirmou. “Interrompemos temporariamente algumas equipes, enquanto garantimos que estamos sendo eficazes e eficientes no recrutamento de funcionários diante de nossas prioridades estratégicas”.
Com 100 milhões de usuários mensais, a Uber teve prejuízo recorde entre abril e junho. O resultado foi puxado para baixo por conta da remuneração em ações para funcionários após a estreia da empresa na bolsa de valores, em maio. A bonificação superou os US$ 4 bilhões.
Ainda que esse valor não seja considerado no balanço, a empresa perdeu US$ 1,2 bilhão, prejuízo maior que o do primeiro trimestre de 2019. A perda era esperada, mas a empresa, que estreou na bolsa com ações cotadas a US$ 45, viu elas caírem 6% após a divulgação do balanço.
Aos acionistas, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, demonstrou otimismo. “Eu acho que eu e minha equipe estamos bem preparados, mas acho que estamos muito, muito no começo nesta incrível jornada”, afirmou.
O que conta a favor da Uber é seu dinheiro em caixa. A companhia terminou o segundo trimestre com reserva de US$ 13,7 bilhões, indicando que poderia manter o ritmo de prejuízo por mais de dois anos.
Evidentemente, este não é o plano. Para diminuir custos, a empresa demitiu 400 pessoas de seu departamento de marketing, e para aumentar a receita, tem investido em veículos autônomos, que dispensariam a necessidade de dividir o valor das corridas com os motoristas.
Com informações: Gizmodo, Ars Technica.