A Xiaomi desbancou a Fitbit e se tornou a maior fabricante de wearables do mundo. De acordo com a Strategy Analytics, os chineses venderam 3,7 milhões de dispositivos vestíveis, incluindo pulseiras fitness e relógios inteligentes, no segundo trimestre deste ano, um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2016. É Mi Band pra caramba!

Com o crescimento, a Xiaomi foi responsável por 17,1% dos wearables vendidos entre abril e junho de 2017. A Apple também melhorou no período, de 9% para 13%. Enquanto isso, a Fitbit despencou em apenas um ano: antes com 28,5% e a liderança absoluta de mercado, passou para apenas 15,7%. Estes são os números de vendas, segundo a consultoria:

  1. Xiaomi: 17,1% (3,7 milhões de unidades)
  2. Fitbit: 15,7% (3,4 milhões de unidades)
  3. Apple: 13,0% (2,8 milhões de unidades)
  4. Outros: 54,2% (11,7 milhões de unidades)

As próximas colocadas não foram divulgadas, mas Samsung e Garmin são as empresas que costumam estar entre as cinco maiores.

E por que houve a troca de posições? “As pulseiras fitness Mi Band, da Xiaomi, são extremamente populares na China, devido ao seu preço altamente competitivo e ricas funcionalidades, como monitores de batimentos cardíacos, contadores de passo e alertas de calendário“, diz a consultoria.

Sem contar que a Fitbit não anda bem das pernas. Rumores apontam que a compradora da Pebble enfrenta dificuldades no desenvolvimento de seu smartwatch, que deve concorrer com o Apple Watch. Houve problemas para tornar o design à prova d’água, e os primeiros protótipos não estavam recebendo sinal forte de GPS, o que obrigou os engenheiros a redesenharem o produto, segundo as informações. A empresa demitiu 110 funcionários devido às vendas fracas em 2016.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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