YouTube permite ganhar créditos acadêmicos de matérias da faculdade

Projeto tem quatro cursos iniciais, mas poderá chegar a 12 até o início de 2025; YouTube tem canal educacional com mais de 12 milhões de inscritos

Ricardo Syozi
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YouTube (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O YouTube anunciou na terça-feira (24) a criação de um programa chamado College Foundations, que promete “desmistificar o processo da faculdade enquanto cria uma maneira acessível de ganhar créditos acadêmicos”. Fruto de uma parceria com a Universidade do Estado do Arizona (ASU) e a empresa de vídeos educativos Crash Course, o projeto oferecerá inicialmente quatro cursos.

A novidade faz parte da plataforma Study Hall, um canal focado em educação com mais de 14 milhões de inscritos. As quatro opções de cursos incluem assuntos comuns no primeiro ano das universidades estadunidenses. São eles: comunicação humana, composição e retórica, matemática universitária e história americana até 1865.

O YouTube afirmou que qualquer estudante poderá participar. Não há a necessidade de aplicação prévia ou de número mínimo de GPA (grade point average), uma indicação das conquistas acadêmicas do aluno na escola ou faculdade.

Além disso, as empresas têm a expectativa de expandir para 12 cursos disponíveis até janeiro de 2025. Segundo o comunicado da marca do Google:

Isso dará aos alunos a chance de receber crédito por um primeiro ano inteiro de faculdade de uma universidade pública de pesquisa de ponta em um momento e lugar que funcione melhor para eles.

Vale destacar que não há nenhum custo para assistir aos vídeos das aulas, entretanto, se o estudante quiser participar dos cursos, ele terá que desembolsar US$ 25 (perto de R$ 127 em uma conversão direta). Já no caso dos créditos acadêmicos, há uma taxa de US$ 400 por grupo de lições para recebê-los.

Qualquer pessoa pode se inscrever diretamente na página do College Foundation. As aulas terão início no dia 7 de março de 2023.

Créditos acadêmicos são importantes nos EUA

Assim como em diversas instituições de ensino, os créditos acadêmicos representam um valor numérico para “quantificar” um aprendizado. Ou seja, eles retratam o tempo que o aluno passou realizando a aula.

Nos Estados Unidos, esses números são tratados como horas. Isto é, um “credit” é equivalente a 15 horas, mais ou menos. Assim, para completar um conjunto de lições, os estudantes precisam acumular uma certa quantidade desses “pontos”.

Segundo informações do Brasil Escola, para uma pessoa finalizar uma graduação padrão de quatro anos nos EUA, é necessário alcançar uma média de 24 a 28 créditos. Em outras palavras, seriam por volta de 360 a 448 horas. É claro que há variáveis como o tipo de universidade e o período do curso.

Dessa forma, é bastante comum ver indivíduos em busca de mais formas para juntar essas horas, seja participando de atividades extracurriculares ou de workshops diversos. Claro que sem utilizar o chatGPT para responder às questões, já que a ferramenta já está sendo bloqueada em escolas de Nova York.

Aqui no Brasil, algo semelhante são as “horas complementares” de estágios ou conteúdo extra.

Seja como for, o projeto do Study Hall não deixa de ser uma alternativa para os alunos dos Estados Unidos.

Com informações: TechCrunch.

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Ricardo Syozi

Ricardo Syozi

Ex-autor

Ricardo Syozi é jornalista apaixonado por tecnologia e especializado em games atuais e retrôs. Já escreveu para veículos como Nintendo World, WarpZone, MSN Jogos, Editora Europa e VGDB. No Tecnoblog, autor entre 2021 e 2023. Possui ampla experiência na cobertura de eventos, entrevistas, análises e produção de conteúdos no geral.

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