Razer compra fabricante do smartphone com armazenamento “infinito”
A Razer é conhecida por lançar notebooks e acessórios gamers, mas, em um futuro próximo, talvez a gente também a conheça por seus smartphones: a companhia acaba de se tornar dona da Nextbit, startup que fez sucesso no Kickstarter com um smartphone que armazena tudo (ou quase tudo) nas nuvens, até aplicativos.
Como a Razer tem um perfil diferentão, a compra da Nextbit faz sentido. A startup foi fundada em 2014 por Tom Moss, que trabalhou durante algum tempo no Google respondendo pela área de negócios do Android. Rich Miner, cofundador do Android, e Scott Croyle, outrora líder de design da HTC, se juntaram à iniciativa mais tarde. Juntos, eles conseguiram criar uma empresa que usa “soluções elegantes” em smartphones.
Foi com essa filosofia que o Robin — o tal do smartphone com armazenamento quase infinito — nasceu. Trata-se de um aparelho com tela de 5,2 polegadas, processador Snapdragon 808, 3 GB de RAM e 32 GB para armazenamento interno de dados.
O aparelho também dá direito a 100 GB para armazenamento de dados nas nuvens. Aqui está o grande diferencial: um software monitora as suas atividades para deixar guardado no aparelho só aquilo que você mais usa; o resto vai automaticamente para as nuvens.
Há algumas desvantagens nessa proposta, como a necessidade de se ter um bom plano de dados para usar o aparelho sem restrições. Mas a ideia convenceu: a meta era US$ 500 mil, mas o Robin arrecadou mais de US$ 1,3 milhão no Kickstarter. Depois, o dispositivo passou a ser comercializado no site da Nextbit.
Com a nova casa, a expectativa é a de a Nextbit consiga lançar mais modelos diferentões. Pelo menos inicialmente, a empresa funcionará como uma divisão independente dentro da Razer.
Veremos smartphones com a marca Razer? É uma possibilidade, mas talvez a empresa tenha algum tipo de dificuldade nessa abordagem por conta da similaridade do nome com a antiga linha Razr, da Motorola. Sob esse ponto de vista, faz sentido mesmo manter a marca Nextbit.
Quando questionada sobre os planos com a aquisição, um representante da Razer se limitou a dizer que a companhia irá se pronunciar quando estiver pronta. Por ora, sabe-se apenas que as vendas do Robin serão encerradas para, aparentemente, a empresa “preparar terreno” para os próximos modelos.
Mas, para quem já é dono de um Robin ou comprou uma unidade recentemente, a empresa promete respeitar a garantia de seis meses e, como prometido, disponibilizar atualizações de software até fevereiro de 2018.
O valor do negócio não foi divulgado.
Com informações: Ars Technica