O Paint, ferramenta de desenho que viu muitas casas, árvores e bonecos de palito nos últimos 32 anos, terá seu desenvolvimento interrompido pela Microsoft. Ele já está sendo listado como um recurso descontinuado no Windows 10 Fall Creators, que será lançado até o final do ano.

A Microsoft confirma que o Paint será removido das próximas versões do Windows 10, mas ainda poderá ser baixado a partir da Loja.

O anúncio foi inicialmente feito sem alarde, em um artigo de suporte que lista as funcionalidades removidas ou descontinuadas (“deprecated”) da próxima atualização do Windows 10. Como explica a Microsoft, o Paint é classificado como um produto que “não está em desenvolvimento ativo e pode ser removido em versões futuras”.

O aplicativo de desenho foi lançado em 1985, no Windows 1.0, e recebeu atualizações pontuais desde então: a mais significativa foi em 2009, no Windows 7, quando ele ganhou novos formatos de objetos com anti-aliasing (o fim das elipses serrilhadas!), pincéis artísticos e uma interface renovada.

Mas o Paint acabou tendo seu lugar tomado pelo Paint 3D, lançado no Windows 10 Creators Update, que é mais amigável ao toque e possui ferramentas para fazer desenhos tridimensionais — então sua aposentadoria já era esperada. O Paint 3D chegou a substituir o Paint em versões de desenvolvimento do Windows 10 em 2016, mas a Microsoft voltou atrás e deixou que os dois aplicativos coexistissem.

Além do Paint, a Microsoft está aposentando a ferramenta para criação de imagem de sistema e o PowerShell 2.0. Enquanto isso, programas como o Leitor3D Builder e Outlook Express serão totalmente removidos.

O Windows 10 Fall Creators Update será lançado no segundo semestre, provavelmente em setembro ou outubro.

Atualizado em 25/07

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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